22 anos depois de ter dado os primeiros passos ao serviço do Sport Operário Marinhense, o martingancense João Simões anunciou o fim da carreira, despedindo-se da modalidade como o jogador mais consagrado da chamada região de Cister.
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Festejou títulos de campeão nacional pela Fonte do Bastardo e pelo Sporting, sendo que pelo Sp. Espinho e pelo Castelo da Maia conquistou a Taça de Portugal e a Supertaça Nacional. João Simões que viveu a primeira aventura enquanto profissional pelo Esmoriz, aos 17 anos, foi também internacional jovem, somando mais de uma centena de internacionalizações pela Seleção Nacional. E como se não bastasse foi também campeão nacional sénior e de sub-23 de voleibol de praia.
Aos 38 anos, o prestigiado atleta decidiu encerrar um capítulo verdadeiramente repleto. “Saio com a certeza que deixei parte da minha essência neste desporto. Sem dúvida que a minha vida teria sido direcionada noutro sentido se não fosse o voleibol e por isso muito obrigado pelo rumo que teve”, sublinhou o Zona 4 ao REGIÃO DE CISTER, já depois de recordar um percurso que começou “por um convite de amigos” e que cedo o fez rumar até ao Porto em busca do sonho. “Tornei-me profissional e tive a felicidade de conquistar todos os títulos possíveis em Portugal, quer na vertente de pavilhão quer na vertente de praia, mas o que mais me deixa feliz neste percurso foi as pessoas e amigos que fiz”, salientou o martingancense.
Simões até teve experiências no futebol e futsal do GD Martingança, mas foi no voleibol que trilhou o seu caminho, tendo representado Esmoriz, Castelo da Maia, Fonte do Bastardo, Sp. Espinho, Sporting, Associação Académica de Espinho e Vitória SC. Em todos deixou uma marca, contabilizando mais de 2.000 pontos durante uma carreira que durou mais de duas décadas.
Além disso, e porque foi também uma peça importante ao serviço do País, contribuiu para as boas prestações que Portugal obteve na Liga de Ouro 2018, Liga das Nações e também no EuroVolley, ambos em 2019. A mais importante, no entanto, foi mesmo a Taça Challenger 2018, que ajudou a equipa das quinas a conquistar em 2018.
Neste caminho profícuo – no qual destacou a família –, o martingancense partilhou balneário com alguns dos mais reputados jogadores de voleibol nacional, nomeadamente Miguel Maia, figura maior da modalidade em Portugal, deixando agora no ar a continuidade no voleibol, mas noutras funções: “Saio profundamente grato à modalidade que tanto me deu. E quem sabe no futuro posso continuar a retribuir como fisioterapeuta ao voleibol”, atirou o mais conceituado jogador da modalidade da região de Cister.