O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) vai avançar com a requalificação da Ecoteca de Porto de Mós, num investimento que ronda o meio milhão de euros (462.750 euros sem IVA). A informação foi publicada em Diário da República no passado dia 30 de dezembro, num despacho que anunciou a abertura de um concurso público para a realização da obra.
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“Vai ser levada a cabo a requalificação da eficiência energética do edifício, com intervenção naquilo que é o isolamento térmico, a questão da gestão de eletricidade, a parte de canalização e da gestão de águas. Também vão ser promovidas melhorias ao nível das coberturas do edifício, substituição de toda a caixilharia e reabilitação da parte dos sanitários”, começa por explicar o diretor regional de Lisboa e Vale do Tejo do ICNF ao REGIÃO DE CISTER. Rui Pombo contextualizou ainda que a empreitada surge no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), tendo como objetivo o incremento das condições de trabalho no local.
“Foi uma oportunidade para suprir uma necessidade que tínhamos identificada: a de requalificar o edifício e poder dar-lhe boas condições novamente para que tenha mais dignidade, visto que é uma porta de entrada e de recepção de visitantes para o Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros (PNSAC). As recapacitações têm também o intuito de criar melhores condições de trabalho para as pessoas que aí têm o seu domicílio profissional”, justificou o dirigente.
A empreitada de requalificação da Ecoteca de Porto de Mós está inserida numa série de 12 investimentos de projetos de requalificação de edifícios a nível nacional, levados a cabo pelo ICNF, com recurso ao financiamento do PRR, que deverá rondar os 6 milhões de euros na totalidade. Na região de Lisboa e Vale do Tejo, além da Ecoteca de Porto de Mós, também será requalificado um edifício em Setúbal.
Rui Pombo adianta também que serão feitos esforços para não impedir o encerramento dos serviços da Ecoteca, numa empreitada que deverá ser feita por “blocos”. “O que está previsto é que as obras possam ser, de alguma maneira, planificadas, para que não haja necessidade do edifício estar completamente encerrado. Portanto, será feito esse trabalho de coordenação no sentido de as obras permitirem em simultâneo, enfim, poderem que as pessoas possam trabalhar. É claro que não vamos poder ter a recepção de grupos e acumulação das pessoas. Muitos dos trabalhadores também estão em teletrabalho, o que permite minimizar impactos”, informa o diretor regional de Lisboa e Vale do Tejo do ICNF, garantindo que “se houver alguma questão que não se consiga contornar, seguramente, se arranjará uma alternativa muito transitória com a Câmara ou com a Junta para poder manter os serviços abertos em Porto de Mós”.
Entre técnicos superiores, vigilantes e assistentes operacionais, laboram na Ecoteca de Porto de Mós sete pessoas. O contrato tem um prazo de execução de oito meses.