Os queijos frescos de vaca são os mais procurados do “portfólio” da Queijos do Oeste, mas a empresa, localizada na Quinta da Mota, na freguesia de Alfeizerão, tem vindo a apostar em novas variedades e diferentes tamanhos de queijos artesanais para servir diariamente aos clientes.
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”Julgo que mais do que uma questão de consumo, os gostos mudaram muito. Não tenho dados que o comprovem, mas é uma opinião que tenho com base no que tenho visto.
Daí que tentemos ter novos produtos e alguma diversidade para mantermos os clientes e atrair novos”, explica Sandro Jordão, que assumiu a gestão da empresa há cerca de sete anos com a companheira do pai.
Além dos queijos frescos de vaca e curados, a Queijos do Oeste produz queijos frescos de cabra, com misturas e ervas aromáticas.
Há opções para todos os gostos: desde os queijos mais secos aos mais amenteigados. Com uma distribuição que vai além do concelho de Alcobaça, os Queijos do Oeste chegam a munícipio como Caldas da Rainha, Marinha Grande, Leiria, Ourém, Pombal, Batalha, Nazaré e Porto de Mós.
Em Tentúgal, é uma das empresas que fornece o queijo utilizado nas tradicionais queijadas. “São cerca de 2o a 30 clientes por dia com quatro a cinco carros na rua”, partilha Sandro Jordão.
O auge das vendas ocorre em agosto, com o aumento da atividade turística. “Trabalhamos muito com restaurantes, o que nos faz sentir intensamente a sazonalidade. Isso também impacta o aumento das vendas nos supermercados”, explica.
A Queijos do Oeste adquire o leite da Cooperativa de Mafra e transforma por semana cerca de 10 mil litros de leite de vaca em queijos, que é distribuído diariamente aos clientes.
“A oferta cresceu e os tempos mudaram. O mercado está mais competitivo, mas mantemo-nos fiéis à qualidade e ao sabor”, comenta.
Com cerca de 70% de produção própria, a Queijos do Oeste também compra e vende outros queijos para responder às necessidades dos clientes.
O negócio dos queijos foi uma “herança” do avô materno, António Jordão. “Ele comprava e vendia os queijos na Praça da Fruta em Caldas da Rainha”, recorda o também comercial, formado em Economia, que trocou o setor da banca pelo negócio da família com a missão de prosseguir com o negócio num mercado cada vez mais competitivo.
Mas, foi o pai, Carlos Jordão, que acabou por criar a empresa na década de 1980 na Quinta da Mota, na freguesia de Alfeizerão, para ter produção própria e poder distribuir os queijos na região.
A produção manual continua a ser o segredo da empresa, que dá trabalho a uma dezena de colaboradores.
Com um volume de negócios a rondar os 800 mil euros, a Queijos do Oeste tem conseguido manter as vendas estáveis, aliando a tradição à diversidade.