Se Rui Santos, mais conhecido por Batuto, era já um histórico do Beneditense, após uma carreira intensa ao serviço dos canarinhos, o que se poderá dizer de Dário Marquês? O atual capitão de equipa é o melhor marcador de sempre do ABCD na Divisão de Honra, com 67 golos, números que dobram os de Batuto, médio que detinha o anterior recorde, fixado nos 32 remates certeiros.
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São apenas números, é certo, mas que muito orgulham Dário Marquês, que voltou a ser decisivo na última ronda do campeonato. “É uma honra representar o clube do meu coração seja em que situação for, ainda mais poder ajudar com golos, apesar de não ser uma das minhas principais características”, começou por afirmar ao REGIÃO DE CISTER, acrescentando não haver um golo que o tenha marcado de forma especial. “Honestamente, cada golo que faço sinto a sua importância e não consigo destacar nenhum”.
Mas, para evidenciar este feito, tornando-se o primeiro jogador do clube a ultrapassar a meia centena de golos na competição, o REGIÃO DE CISTER deu a palavra ao anterior recordista. Batuto somou 32 golos e partilhou balneário com Dário Marquês. “Sempre acreditei que tivesse um futuro mais risonho, quem sabe noutros patamares do futebol português. Desde o primeiro dia vi que tinha potencial para mais. Acabou por ficar no ABCD, e ainda bem para o clube. É um justo sucessor neste registo e um ser humano excecional”, atirou um dos jogadores que é também considerado uma das figuras mais emblemáticas da história do emblema da Fonte da Senhora.
Aos 33 anos, a carreira de Dário Marquês, de resto, já vai longa. Começou nos escalões mais pequenos do Beneditense, de onde saiu para rumar aos infantis do Sporting, em 2003/2004. Seguiu-se apenas uma época na formação lisboeta, antes de regressar à região para se juntar à formação do NS Rio Maior. No clube da terra vizinha, deu mostras do seu talento, tendo sido então recrutado para os juvenis da U. Leiria.
Jogou três temporadas pelo emblema da “capital” de distrito, sendo que a estreia como sénior acabaria por ser ao serviço do… Ginásio, em 2011/2012. No Municipal de Alcobaça esteve apenas meia época, rumando depois ao Caldas, onde terminou a temporada e seguiu, de novo, para Leiria. Pelo meio, teve uma passagem pelo Alcanenense, antes do regresso ao Beneditense, de onde não mais saiu e que já representa pela 11.a temporada consecutiva. Sobre a presente época, o avançado considera que “está a correr bem a nível pessoal, apesar de não conseguir ajudar em todos os jogos por motivos profissionais”, tecendo elogios “a um grupo de miúdos fantásticos”.
“As aspirações passam por alcançar a melhor classificação possível no campeonato, assegurando o mais rapidamente possível a permanência, e aproveitar para sonhar com a taça distrital, uma vez que tudo pode acontecer”. A concretizar-se, seria a terceira Taça do Distrito de Leiria com as cores do clube do coração. E a melhor forma de terminar uma longa (e bonita) carreira.