O palco do Cine-teatro de Alcobaça João D’Oliva Monteiro encheu-se de talento na semana passada com os alunos do 1.º ciclo das escolas do Agrupamento de Escolas de Cister a serem os verdadeiros protagonistas.
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Se no palco as atuações foram verdadeiras maravilhas, na plateia (muito bem composta) o público, também constituído por participantes da atividade, correspondeu de forma expressiva e entusiasta, mostrando todo o apoio aos colegas.
A atividade “Palco das Maravilhas”, incluída no Plano Nacional das Artes, envolveu cerca de mil alunos de todas as escolas do 1.º ciclo do agrupamento. Lucas Almeida, aluno do 4.ºB do Centro Escolar de Alcobaça, falou com o REGIÃO DE CISTER momentos antes da atuação da sua turma, na manhã de quarta-feira da semana passada.
“Estou muito ansioso, não nervoso porque treinámos muito”, começou por dizer o jovem, que descreveu a atividade como “uma boa opção para aprender, viver momentos inesquecíveis e ver as outras escolas dançar”. Também Miguel Vicente, do 4.º ano da Escola Básica dos Carris, elogiou a atividade e mostrou a sua satisfação por marcar presença. “Podemos aprender, dançar e divertirmo-nos ao mesmo tempo. Estou a gostar de estar aqui porque veio muita gente”, partilhou o jovem depois da atuação da sua escola.
Entre segunda e quinta-feira, as crianças foram a palco, culminando todo o trabalho realizado ao longo do ano letivo em cada escola, em parceria com as Atividades de Enriquecimento Curricular e os projetos para a comunidade da Banda de Alcobaça – Associação de Artes. De acordo com o coordenador do Plano Cultural de Escola do AE Cister, João Nunes, a atividade, que visa promover as artes e suas vertentes como o teatro, a dança e a música, “superou todas as expectativas”.
No “Palco das Maravilhas”, os alunos apresentaram projetos artísticos desenvolvidos no âmbito do tema geral do agrupamento, “O Mundo Todo na Minha Escola”. E foi precisamente a expressão artística um dos elementos destacados no projeto pela coordenadora intermunicipal e regional do Plano Nacional das Artes. “Este projeto é muito importante para os alunos porque visa o desenvolvimento integral da criança. E as artes têm todo um percurso a fazer nesse sentido”, argumentou.
“Há uma particularidade muito especial nesta iniciativa que é o facto de colocar os jovens como fruidores de cultura e, sobretudo, co-criadores de um projeto, algo que é inovador”, referiu Elizabete Silva, elogiando o AE Cister por ser um “ecossistema artístico”, que fomenta metodologias mais ativas e participativas.
A diretora do AE Cister, por seu lado, destacou a iniciativa por estar assente numa metodologia “em que os jovens são o sujeito da ação” e motivados por um estímulo criativo. Manuela Lourenço salientou ainda a importância do evento na coesão do agrupamento e agradeceu publicamente à Banda de Alcobaça – Associação de Artes, “pelo importante trabalho de educação artística dos alunos” e ao Município de Alcobaça, “pelo transporte de alunos e professores de todas as freguesias do concelho”.
Entre palmas e (algum) nervosismo antes de subir a palco, uma vez mais ficou demonstrado todo o talento, capacidade e vivacidade dos pequenos artistas do concelho.