O secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território marcou presença na inauguração da empreitada de saneamento da Estrada Nacional 8, abrangendo várias localidades das freguesias de Juncal e Pedreiras, uma cerimónia que decorreu na manhã da passada terça-feira, junto ao cruzamento dos semáforos da Cruz da Légua. Silvério Regalado enalteceu a coragem do Município para realizar a intervenção. Já o presidente da Câmara de Porto de Mós, Jorge Vala, fala mesmo em “obra do mandato”.
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“Esta é uma obra importante para a população. Houve muita coragem dos autarcas para avançar para esta intervenção porque não havia uma fonte de financiamento garantida à partida. É uma empreitada a pensar na população local e nas gerações futuras”, referiu Silvério Regalado.
Por sua vez, o chefe do executivo municipal, além de transmitir a importância de uma empreitada que era um “compromisso para a saúde pública, ambiente e qualidade de vida da população local”, também esclareceu os ajustes que foram feitos ao longo do tempo das obras. “Aquilo que aqui está, hoje, a ser inaugurado, corresponde a mais de 22 quilómetros de condutas, uma obra com quase seis quilómetros de extensão, que teve um custo de cerca de 4 milhões de euros, com os trabalhos complementares. Inicialmente, o projeto não previa que fossem contempladas algumas ruas, por razões diversas. Aquilo que decidimos fazer foi, dentro do possível, incluir todas”, começou por esclarecer o edil.
“Temos também seis estações elevatórias, que ficarão a funcionar, de forma autossuficiente com painéis solares. Até agora, foi um esforço financeiro do Município de Porto de Mós muito significativo, 4 milhões de euros para o qual tivemos que recorrer à banca. O único empréstimo que fizémos em oito anos foi para saneamento básico”, lembrou Jorge Vala.
O social-democrata aproveitou a ocasião para revelar já outras empreitadas programadas para o futuro, nomeadamente a conclusão da rede de saneamento nas freguesias de Pedreiras e Juncal (onde haverá localidades em que também serão substituídas condutas de água). “Mira de Aire é o coração do Parque Natural, neste momento já há projeto e precisamos, urgentemente, que haja uma análise ambiental séria, para que possamos ter um apoio significativo de fundos comunitários, numa obra que atingirá valores, calculamos nós ao preço de hoje, acima de 10 milhões de euros”, explica Jorge Vala.
Relativamente a esta temática, o responsável pelo Programa Operacional do Centro, em representação da CCDR (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional), Luís Filipe, salientou a confiança com o poder local e assegurou que “desde que haja alinhamento [entre CCDR e o Município de Porto de Mós] e boa estratégia, o financiamento, à partida, virá”.