Nunca o sonho de alguns alcobacenses de ver instalado um hotel de luxo no Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça pareceu tão perto de concretizar-se. No próximo ano, deverá ser aberto o concurso público para determinar o concessionário, que deverá gerir o espaço durante 50 anos.
Nunca o sonho de alguns alcobacenses de ver instalado um hotel de luxo no Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça pareceu tão perto de concretizar-se. No próximo ano, deverá ser aberto o concurso público para determinar o concessionário, que deverá gerir o espaço durante 50 anos.
Consciente do impacto económico da instalação do hotel no monumento para o concelho, a Câmara de Alcobaça encomendou um estudo à empresa Ideias Maiores. Nesse trabalho, a que o REGIÃO DE CISTER teve acesso, foi feita uma avaliação técnica, económica e financeira de um estabelecimento hoteleiro na envolvente ao Claustro do Rachadouro.
Neste primeiro relatório, o foco do estudo baseou-se na definição das áreas a ocupar pelo hotel, resultando desta valiação uma divisão de espaços que permitem perspetivar o programa funcional do equipamento turístico. O trabalho, pode ler-se no documento, foi feito em “estreita articulação com a Direção Geral do Património Cultural (DGPC), entidade gestora do conjunto monumental”. Só numa segunda fase se irá analisar os custos de intervenção e os potenciais apoios públicos existentes (fundos comunitários).
A principal entrada para o hotel deverá ser efetuada pela Rua Silvério Raposo, tendo como apoio o parque de estacionamento a criar. Além desta, prevê-se outra entrada pela Rua D. Pedro V, esta pedonal, condicionada a um horário a definir entre o concessionário e a DGPC (ver infografia).
Como já se tornou público, o estabelecimento hoteleiro terá capacidade para cerca de 80 quartos. Número que atingirá os níveis de rentabilidade económica compatíveis com os investimento exigíveis. Numa segunda fase, a Ideias Maiores propõe que se ensaiem duas soluções. As experiências deveriam situar-se nos 1.º e 2.º pisos das alas Norte e Nascente e no 2.º piso da Ala Poente. O acolhimento e receção estão previstos para o rés do chão da Ala Nascente.
Face à inviabilidade da localização da cozinha, áreas técnicas, lavandaria e instalações para funcionários fora do Mosteiro, junto à zona de estacionamento, aponta-se o rés do chão da Ala Poente (entre Claustros) para estas funções. A área de restauração deverá ocupar três espaços na Ala Sul (rés do chão e 1.º piso), com fácil ligação às cozinhas.
O perfil deste hotel exige a criação de espaços polivalentes vocacionados para a realização de conferências, congressos, reuniões, workshops, apresentação de produtos e jantares. A empresa aponta para estas funções três espaços na Ala Sul e um na Ala Poente como preferenciais “candidatos”.
Um estabelecimento hoteleiro de perfil elevado tem de ter obrigatoriamente áreas de lazer. Assim, o Jardim do Obelisco, que ultimamente tem sido discutido, assume protagonismo. Este deverá ser usufruído não só pelos hóspedes como pelos turistas que visitam o Mosteiro. Não menos importantes são os Terraços de origem cistercienes, que deverão acolher uma piscina coberta e spa, podendo manter-se como espaço nde usufruto e estadia aberto ao público.
No rés do chão da Ala Norte, adjacente à rua D. Pedro V, deverão ser instaladas atividades concessionadas que se adequem ao perfil do monumento e do estabelecimento comercial, como lojas, cafés e livraria.
A Câmara de Alcobaça acredita que com este estudo e a abertura do concurso público o processo público se desenrole mais rapidamente.