O nome Pedro Rilhó pode não ser conhecido do público alcobacense mas, em Inglaterra, o cineasta acabou de apresentar o filme “Tender”, ou “Terno”, na versão traduzida.
O nome Pedro Rilhó pode não ser conhecido do público alcobacense mas, em Inglaterra, o cineasta acabou de apresentar o filme “Tender”, ou “Terno”, na versão traduzida. Trata-se, de acordo com o próprio, de uma curta-metragem melodramática com oito minutos sobre “um rapaz de 20 e poucos anos que, num fim de semana, visita a mãe”. Durante essa visita, mãe e filho “discutem desventuras e desgostos amorosos” e acontece que a mãe “está viúva há poucos anos” e o filho encontra-se “na fase final de uma relação”.
“Tender” é como que uma continuação temática da minissérie online, “Hope of Deliverance”. “Se esse projeto apresentava uma série de desencontros entre jovens londrinos, confrontando o protagonista com as suas frustrações existenciais e sexuais, este [“Tender”] procura encontrar uma forma de superar mágoas e de sarar feridas, num regresso ao ninho em ambiente rural”, acrescenta.
O alcobacense estudou na Universidade Moderna e, pouco depois, passou a residir em Londres, onde trabalha como assistente ou coordenador de produção em regime de freelancer, o que lhe permite “conhecer e reunir equipas, elencos e recursos para projetos autofinanciados de caráter mais pessoal”.
O irmão de Pedro Rilhó brinca com a sua filmografia apelidando-o de “Manoel de Oliveira inglês” por utilizar “planos longos de tons contemplativos”. No entanto, o realizador considera que se aproxima mais do trabalho de Woody Allen ou de Mike Leigh por apresentar “histórias agridoces” como é, aliás, a “vida em si”.
Por enquanto, o alcobacense aguarda os resultados de várias candidaturas a festivais de cinema em que se inscreveu e prevê disponibilizar online o filme no final do ano. No verão, Pedro Rilhó espera voltar a filmar um novo guião que já se encontra a “rascunhar” sobre “um retrato mundano focado em desigualdades sociais”.
O cineasta não põe de parte voltar a Portugal mas “depende da oportunidade”. Entretanto, vai trabalhando em Londres onde o mercado está muito mais “desenvolvido” e há mais recursos para a produção cinematográfica