Foi em 2009 que descobriu que tinha falência renal crónica, através de uma simples análise ao sangue. No seu caso, os dois rins deixaram de funcionar.
A nazarena Carla Pires precisa urgentemente de um rim do tipo de sangue “O positivo”, para que possa “ver o filho crescer”. Foi em 2009 que descobriu que tinha falência renal crónica, através de uma simples análise ao sangue. No seu caso, os dois rins deixaram de funcionar.
Engravidou em 2015 e avançou com a gravidez considerada de risco. Estava previsto que durante a gestação o seu caso piorasse mas, pelo contrário, melhorou. Começou os tratamentos de hemodiálise um ano após o nascimento do bebé: três vezes por semana, da meia-noite às seis da manhã. “Escolhi o horário noturno para não influenciar a vivência com o meu filho”, conta Carla Pires ao REGIÃO DE CISTER. Cada tratamento tem o custo de 480 euros, que a Segurança Social sustenta.
A nazarena sofre de uma anemia grave. “Não posso comer nem frutas, nem legumes e só posso ingerir meio litro de líquidos por dia”, conta. Apesar de a doença não causar dor,“a falta de força e o cansaço” são os fatores que mais limitam o doente. “A hemodiálise serve apenas para me manter viva. Se faltar a um tratamento posso morrer”, esclarece. Antes de se ver obrigada a cumprir os tratamentos, afirmava que “preferia morrer do que sujeitar-se à hemodiálise”, devido à “fobia de agulhas”.
Segundo a lista de espera, faltam oito anos para que Carla receba um novo rim. “Neste momento, o que me pode tirar da diálise é o transplante. Qualquer pessoa pode doar um rim, mas é preciso que seja muito altruísta, tendo em conta que é uma situação sensível tanto para quem recebe o rim, porque o pode rejeitar, tal como para quem doa, porque fica com apenas um”, esclarece a nazarena.