Aos 46 anos Sérgio Rocha voltou à escola. Depois de ter trabalhado em fábricas de cerâmica, de estar emigrado em França, de gerir uma empresa de limpezas há mais de uma década e de ter sido eleito presidente da Junta da Maiorga, voltou a sentar-se numa cadeira da escola.
Aos 46 anos Sérgio Rocha voltou à escola. Depois de ter trabalhado em fábricas de cerâmica, de estar emigrado em França, de gerir uma empresa de limpezas há mais de uma década e de ter sido eleito presidente da Junta da Maiorga, voltou a sentar-se numa cadeira da escola.
“As pessoas ficam muito admiradas quando descobrem que só tenho o 6.º ano de escolaridade”, começa por contar ao REGIÃO DE CISTER. Sérgio Rocha deixou a escola aos 11 anos quando terminou o 6.º ano. Voltar à escola tanto tempo depois “não é fácil”, mas o maiorguense tem a motivação e vontade de “aprender mais”. O autarca admite que a nova formação possa ser “útil” para os cargos políticos e profissionais que mantém. No entanto, o empresário defende que decidiu voltar a estudar com “apenas o objetivo de melhoramento pessoal”.
É um dos alunos do Centro Qualifica de Cister, a funcionar desde o presente ano letivo na Escola D. Inês de Castro, de Alcobaça. Ali, muitos alunos, “uns jovens e outros menos jovens”, têm a “oportunidade de voltar a estudar e a adquirir competências que são muito importantes”.
Duas aulas por semana, com duas horas cada. Há vários módulos ao longo do ano que aproveitam a experiência de vida e profissional de cada um dos alunos. “O ritmo não é fácil”, admite.
No final do ano letivo, será submetido a uma avaliação que determinará o grau que vai obter. “Estou confiante para terminar o 9.º e 0 12.º ano”, assegura. E, depois, chega mesmo a ponderar ingressar no ensino superior. “Depois logo se vê mas há sempre hipóteses de não parar por aqui. A educação é muitíssimo importante para qualquer pessoa”, garante.
O Centro Qualifica de Cister funciona no âmbito do Agrupamento de Escolas de Cister e destina-se a pessoas que “que não tenham concluído o ensino secundário ou não tenham certificação profissional e queiram obter formação escolar e qualificação”, explica Anabela Luís, coordenadora do projeto que segue o caminho iniciado há vários anos pelo programa Novas Oportunidades.