Quem entra na loja é recebido com um sorriso e é tratado pelo nome próprio, não fosse esse o lema do minimercado Mais Perto, em São Martinho do Porto, que Cláudia Raimundo abriu há cinco anos.
Quem entra na loja é recebido com um sorriso e é tratado pelo nome próprio, não fosse esse o lema do minimercado Mais Perto, em São Martinho do Porto, que Cláudia Raimundo abriu há cinco anos.
O minimercado abriu num espaço que há 60 anos se dedica a pequenos estabelecimentos de restauração e a empresária garante que essa identidade familiar não pretende desvalorizar, lembrando que servir a população exige saber lidar com as pessoas, sobretudo quando se fala de pequeno comércio.
“O nosso minimercado são as pessoas da terra, aqueles que todos os dias se deslocam até ao nosso estabelecimento para comprarem as necessidades do dia-a-dia”, explica, acrescentando que frequentemente já sabem o que é que o cliente vai querer.
“Quando vem uma cliente mais assídua já sei mais ou menos o que procura e por vezes somos nós a ir buscar as coisas”, nota a comerciante que emprega uma funcionária a tempo inteiro e outra a meio tempo. “A minha mãe vive destes pequenos momentos e gosta muito de vir para cá ajudar no que pode e falar com os clientes”, brinca a gerente que vive em Leiria e que todos os dias faz o trajeto até São Martinho do Porto, mentalizada para servir os clientes com “muito carinho”.
A empresária partilha a gerência do minimercado com o marido Sérgio Raimundo e não há quem goste de falhar um dia. “Há pessoas que vêm ter connosco só para meter a conversa em dia ou para falar um bocadinho”, garante Cláudia Raimundo, revelando que há clientes que por vezes até contam segredos. “Há clientes que se sentem tão à vontade connosco que acabam por desabafar ou contar coisas sobre a vida pessoal”.
Entre produtos de alimentação e outros tantos de higiene ou limpeza, Cláudia Raimundo explica que uma das características do minimercado Mais Perto é o facto de trabalhar com produtores locais. “Todos os dias temos produtos frescos e gostamos de trabalhar com os produtores de menor dimensão para os ajudar, assim como nos ajudam a nós”, atira a gerente que não se inibe de se deslocar com a viatura pessoal e sem qualquer custo adicional a casa dos seus clientes mais assíduos.
“Sempre que é necessário vou entregar alimentos e outros produtos a casa dos meus clientes, dado que alguns são de uma geração mais antiga”, conta, notando que é uma “confiança que se ganha com o tempo e que permite estes pequenos mimos”.
“Por vezes, até chegamos mesmo a entrar nas suas casas e, noutros casos, acertamos contas mais tarde”, relata, salvaguardando que o faz apenas aos clientes mais próximos. “Nunca nos ficaram a dever nada”, assegura a lojista. Assim deverá continuar pelos próximos tempos.