Sábado, Julho 12, 2025
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Colheita de ginja com quebras históricas na quantidade de fruto

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A colheita de ginja da região Oeste deste ano está entre as piores das últimas décadas. “A colheita deste ano é cinco vezes inferior à do ano passado e 12 vezes inferior aquela que foi registada em 2018”, revela Vasco Gomes, da Ginja M.S.R, ao REGIÃO DE CISTER, acrescentando que nunca viu uma quebra “tão significativa desde há 22 anos”.

Na origem desta diminuição significativa, o sócio-gerente da empresa aponta a um ano irregular nas condições climatéricas e a imprevisibilidade nas estações do ano. “Este ano houve um número de horas de frio no inverno muito mais baixo e depois houve também o acréscimo elevado das temperaturas em janeiro e fevereiro, e também em junho e julho”, explica o empresário, sublinhando que a falta de frio e o “pico de calor” em maio fez com que a quantidade de fruto diminuísse. “Para se protegerem do calor, as árvores criaram mais folhas e o fruto que estava a começar a vingar foi maioritariamente parar ao chão”, salienta. A disseminação da mosca drosophila suzukii, importada da Ásia, foi outro dos motivos apresentados pelo produtor, salientando que afetou sobretudo os pequenos produtores com quem a empresa também negoceia.

“Alguns pequenos produtores não têm conhecimento sobre as medidas a seguir para prevenir pragas, ficando a exploração danificada”, lamenta Vasco Gomes, justificando também com a chegada de algumas árvores de ginja de países com condições climatéricas distintas. Ainda assim, este pequeno inseto não teve impacto no caso da Ginja M.S.R, dado que apenas produz a variedade Folha-no-Pé ou galega, que “está adaptada à região”.

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Já no setor comercial, Vasco Gomes aponta quebras nas vendas superiores a 60% e mostra-se reticente quanto ao futuro. “Os contribuintes vão ser menos devido ao aumento do desemprego provocado pela pandemia, e aqueles que ainda têm algum poder de compra deverão estar menos recetivos a consumir”, analisa o empresário, reiterando que a aposta deverá passar pelo mercado de exportação. “Nomeadamente países do norte da Europa, extremo Oriente ou Canadá”, remata.

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