A Prismolde está a construir uma nova unidade de produção na Martingança, junto à EN 242, de forma a conceber e produzir moldes de geometrias mais complexas através do desenvolvimento de soluções poliméricas multimaterial e multicomponente.
A Prismolde está a construir uma nova unidade de produção na Martingança, junto à EN 242, de forma a conceber e produzir moldes de geometrias mais complexas através do desenvolvimento de soluções poliméricas multimaterial e multicomponente. O investimento das novas instalações, avaliado em cerca de 600 mil euros, está englobado num projeto que ascende aos 2,2 milhões de euros, apoiado em cerca de 1,6 milhões no âmbito do Portugal 2020, e que será concretizado a médio prazo.
O novo pavilhão tem 2 mil metros quadrados de área coberta, o que significa que a empresa, ainda instalada em Paio de Cima, mais do que duplica a dimensão atual. “Além das novas instalações, queremos investir na inovação e na nossa capacidade de produção”, explica ao REGIÃO DE CISTER o administrador da empresa de moldes, António Mira. A Prismolde, que fabrica maioritariamente moldes para injeção de plástico, exporta cerca de 95% da produção, que se destina aos mercados alemão, austríaco e suíço. Em fase de pós-projeto, prevê-se que o volume de negócios ascenda aos 1,7 milhões de euros (no ano passado faturou 1,5 milhões de euros).
Depois de um encerramento parcial durante quase cinco meses, a empresa retomou atividade em força este mês, já com as encomendas asseguradas por parte dos clientes europeus. “Durante esta fase da pandemia vimos que muitos dos nossos clientes foram afetados. Tiveram casos de Covid-19 nas empresas e foram obrigados a fechar durante quatro e cinco meses”, explica o empresário, que também se viu forçado a parar a produção.
Apesar da anunciada crise no setor dos moldes, António Mira acredita que a Prismolde se encontra numa situação privilegiada, já que não trabalha para a indústria automóvel, “que é a que está a sofrer mais”. As encomendas da empresa da Martingança são de moldes para máquinas de café e de peças para construção de máquinas, bem como peças para indústria eletrónica. “Mantemos as encomendas para aqueles três mercados europeus e setembro marcou o arranque da produção”, reforça.
Com 20 colaboradores, a Prismolde não deverá, por agora, crescer em recursos humanos. “Quando há mais trabalho, subcontratamos”, esclarece o empresário.
Entre os objetivos a médio prazo está o crescimento do setor da injeção de plásticos, que representa hoje cerca de 20% da produção da Prismolde. “Queremos melhorar e inovar nesse campo e injetar plástico com dois ou três componentes diferentes”, explica António Mira, que quer que a injeção de plástico atinja metade da produção da empresa.
A empresa iniciou atividade em 2004 com quatro sócios, todos antigos colaboradores da mesma empresa da Marinha Grande. “Pensámos que era altura de arriscarmos”, lembra António Mira, o único que se mantém à frente da empresa. “Só peço que melhores dias venham para a indústria de moldes conseguir respirar um pouco melhor do que respira agora”, anseia o empresário.