Tudo começou em 1978, na garagem alugada a um familiar. Depois, no ano de 1982, a porta “abriu-se” no n.º 20 da Rua João Casimiro da Silva, em Monte de Bois. Até hoje. Falamos da empresa Leonel Paulino dos Santos, cujo nome já indica quem é o proprietário.
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Foi assim, de forma simples, que este empresário natural da localidade de Monte de Bois, na freguesia do Bárrio, e que outrora desempenhou as funções de enfermeiro quando cumpriu o serviço militar, decidiu batizar uma casa que já conta com 45 anos de porta aberta e de serviço prestado ao público.
O negócio, que incide na venda e assistência técnica de máquinas de floresta e de jardim, bem como motorizadas, motosserras e scooters, vai de vento em popa, apesar de, como acontece na maior parte das atividades comerciais, “haver altos e baixos”.
Mas Leonel Paulino dos Santos, de 70 anos de idade, mesmo sendo a “cara” e o “nome” da empresa, não puxa a si qualquer protagonismo. Antes pelo contrário. Distribui os louros pelos seus. “Sem a família nada disto seria possível. Desde logo, pela minha mulher, que é a minha muleta. Ela é que trata de toda a burocracia e dos assuntos do escritório”, assume o empresário, referindo-se a Lurdes Santos, uma alcobacense, de 68 anos, que foi empregada de escritório numa empresa de Alcobaça até que, em 1982, decidiu ir trabalhar com o marido. “Estou muito feliz com a escolha que fiz. Antigamente também lidava diretamente com o público, mas aqui é diferente, estamos numa empresa que é nossa”, assume a matriarca.
E do amor deste simpático casal saíram dois filhos. Ambos já adultos, mas também eles com presença efetiva e importante na vida da empresa.
Hélder Santos, o mais novo, de 34 anos, trabalha a tempo inteiro na atividade iniciada pelo pai. “É uma alegria. Gosto muito do que faço e, acima de tudo, quero honrar tudo aquilo que o meu pai construiu até hoje”, assume o jovem empresário, dono de uma boa disposição contagiante. Mesmo que o tema tenha desviado, por instantes, para o futebol, onde o verde é a sua cor de eleição. “O Sporting é o Sporting”, graceja, numa escolha que, desta feita, não teve a concordância do pai, confesso adepto do Benfica.
Mas ainda antes de Hélder Santos vir ao mundo, havia nascido a primeira filha do casal. Ana Santos, de 40 anos, é funcionária pública mas, sempre que pode, está totalmente disponível para ajudar no negócio familiar. “Claro que às vezes há dias mais complicados, mas com esforço e dedicação, e, acima de tudo, com esta união familiar, tudo se consegue”, salienta a irmã mais velha.
E a verdade é que já lá vão muitos anos e problemas… nem vê-los. “A família é tudo para mim. E por muito que digam que trabalhar em família é muito complicado, aqui não temos esse problema. Damo-nos todos lindamente. Não sou rico, mas sou muito feliz por tudo o que consegui”, confessa Leonel Paulino dos Santos.
A versão é, de resto, corroborada pela mulher, que também não se coíbe de agradecer aos “muitos clientes” que sempre tiveram e que chegam de vários pontos do concelho de Alcobaça e até do distrito de Leiria.
E esta “casa com (muita) história” vai continuar por muitos e bons anos. “O Hélder tem muito jeito para o negócio, é comunicativo e cativante”, elogia o pai.