Escrevo aqui para agradecer ao Região de Cister a sua existência. É um modesto contributo e é uma enorme responsabilidade.
Escrevo por amor à minha terra, ou seja, escrevo, sobretudo para agradecer a existência desta Região, do seu jornal, da sua diretora, dos seus dedicados jornalistas e colaboradores, dos voluntários que dirigem a Academia e dos colunistas que participam nos conteúdos deste jornal.
Dá gosto saber as novidades e, no meu caso, tenho gosto em conhecer as ideias de pessoas que admiro muito, como a Raquel Varela, o Gaspar Vaz, a Teresa Radamanto ou o Fernando Ribeiro.
Sempre que expõem a sua opinião, e embora não o saibam, inauguro com cada um uma espécie de diálogo interno, sobretudo quando discordo do que dizem, quando me provocam ou me estimulam numa direção que não é a minha. Esta é, a meu ver, a grande riqueza do diálogo, da crítica e do contraditório.
Tudo isto a propósito de um muito comentado artigo do Fernando Ribeiro sobre a importância dos grandes eventos e a necessidade de, mesmo em condições excecionais, se manterem regras de ordem e de civismo. Estou de acordo com ele, é difícil não estar quando se tem uma postura tão íntegra, equilibrada e honesta. Porém, para meu grande espanto, no rol de comentários, o que li foram observações que nada tinham a ver com o que disse.
Isto é, muito poucos argumentaram e muitos se exaltaram a responder ao que acham que quis dizer. Não leram as suas palavras, não o ouviram.
Se eu fosse ainda uma miúda, diria que “assim não vale”. Como já tenho uma certa idade, peço-vos apenas que entendam uma coisa: quem dá opinião, não espera nada em troca, exceto, talvez, a generosidade das opiniões que a reforçam ou a contradizem.
Sabem que mais? Ainda bem que reabriu a época do futebol onde há tanto espaço para as pessoas discutirem sem se ouvirem umas às outras.