É já com a mira apontada à meia centena de golos que o colombiano Thomas Molina vai encarar o próximo fim de semana ao serviço da Alcobacense. É que o jovem craque já leva 26 golos em 19 jogos pela equipa principal, registo a que junta mais 21 em 11 partidas pela formação de sub-23.
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Esse foi o desejo revelado pelo jogador ao REGIÃO DE CISTER, ainda que sempre com o foco no sucesso coletivo.
“Claro que quero chegar aos 50 ou aos 60 golos, mas o que mais importa é o sucesso da equipa e conseguirmos atingir os nossos objetivos”, sublinhou o hoquista, de 21 anos. Molina chegou à AACD no início desta temporada e, como afirma, tem sido uma estreia muito positiva.
“Tem sido a época em que mais tenho aprendido”, assegurou o colombiano que em 2023/2024 ajudou, juntamente com o turquelense Pedro Batista, a guiar a Juventude de Viana de regresso ao escalão máximo.
Esse é novamente o desejo de Molina, mas pela Alcobacense.
“Tenho o objetivo de ajudar a AACD a chegar à elite e é também uma ambição do clube”, notou o jovem, frisando que “a Alcobacense merece”.
A história de Molina é contada lado a lado com o desporto.
Aos 15 anos, e já depois de ter perdido o pai a sua maior referência, rumou a Portugal com o irmão para jogar pelo HC Braga, deixando na Colômbia a mãe e a família.
“Foi difícil, mas o meu pai sempre me incutiu o desejo de que tentasse uma carreira no hóquei”, confidenciava o craque, que já fala português com relativa facilidade. Até porque já são seis anos a viver em terras lusas.
Aos 15 anos, o HC Braga foi o primeiro clube em Portugal, no qual esteve durante três épocas.
Seguiu-se o Famalicense, por duas temporadas e pelo qual obteve o melhor registo em Portugal até à data (49 golos em 26 jogos na 3.a Divisão, pela equipa secundária), até rumar ao Juventude de Viana, pelo qual alinhou na época passada, somando 12 golos em 24 jogos.
No entanto, o convite “irrecusável” da Alcobacense fez o internacional jovem prosseguir a carreira em Alcobaça, cidade onde reside sozinho e onde dá ainda treinos aos escalões de iniciação do clube.
Sobre a experiência na cidade, o adepto de jogadores como Reinaldo Garcia, Pedro Gil ou Nolito Romero, diz ter sido “muito bem acolhido”, não só pelos colegas de equipas, mas também pelas pessoas de Alcobaça.
“Vejo-me a ficar por dois, três, quatro anos… ou até mais”, acrescentava também Thomas Molina, melhor marcador da formação alcobacense e um dos vários estrangeiros às ordens o técnico José Querido.
É certo que as saudades de casa são muitas, uma vez que há cinco anos que não visita o país de origem, no entanto, as mesmas são atenuadas pelo facto de estar a conseguir vingar em Portugal, onde assume a função de “pistolero” da Alcobacense e deseja em breve chegar à elite.
Quiçá com o símbolo da Alcobacense ao peito.