O alcobacense João António Nazário ficará para sempre ligado à recuperação da emblemática Porta Férrea de Coimbra, a famosa entrada para o Paço das Escolas.
O alcobacense João António Nazário ficará para sempre ligado à recuperação da emblemática Porta Férrea de Coimbra, a famosa entrada para o Paço das Escolas.
“Está tudo registado. Deixámos a nossa marca”, testemunha ao REGIÃO DE CISTER o técnico de conservação e restauro. João António Nazário fala com orgulho de todos os lugares por onde já passou, apesar das dificuldades de trabalho a que muitas vezes é sujeito. “Quando iniciei o trabalho em Coimbra, no passado mês de dezembro, a água estava à temperatura ambiente”, relembra o alcobacense.
Alcobaça e o seu Mosteiro foram cruciais na decisão da sua profissão. “Um dia subi ao Mosteiro. Vi a cidade de uma nova forma. Fiquei apaixonado. Nesse dia decidi que queria tirar um curso de restauro”, salienta João António Nazário. Assim aconteceu.
Passados 15 anos, desde que iniciou a profissão, o alcobacense já conta no seu portefólio com várias dezenas de trabalhos pelo País: Campo Pequeno, Sé Velha de Coimbra, Sé de Elvas, fontes do Centro Histórico de Évora, Centro Português de Fotografia, Estação de Caminhos de Ferro em Lisboa, Biblioteca do Mosteiro de Alcobaça, Sala de D. Manuel no Museu Nacional do Azulejo. Uma lista que se prolonga e fica marcada por uma licenciatura em Gestão de Qualidade, Ambiente e Segurança e uma passagem, de um ano, pela Escócia.
O património exige atenção constante. “Tomar conta daquilo que é nosso ajuda a melhorar o turismo e a economia”, sublinha.
Um dos momentos que mais marca o trabalho de João António Nazário é a retirada dos andaimes: “naquele momento é que se tem a noção de todo o restauro que foi feito, ao longo de semanas ou meses”.