O alcobacense Mário Marques é doutorado em saxofone mas tomou contacto com o instrumento, aos 13 anos, quase por acaso.
O alcobacense Mário Marques é doutorado em saxofone mas tomou contacto com o instrumento, aos 13 anos, quase por acaso. A vontade surgiu por um “impulso coletivo”, conta o músico, que motivou um grupo de amigos a decidir experimentar aprender música. A escolha pelo saxofone não foi imediata e não houve “amor à primeira vista”. Primeiro experimentou o trompete e depois o trombone. E como “à terceira é de vez”, nunca mais largou o saxofone.
A aprendizagem do instrumento e de música fazia-se todas as tardes, depois de terminar as aulas “normais”. O músico teve a “sorte” de poder estudar diariamente com o maestro Álvaro Correia Guimarães, com quem “aprendeu e evoluiu muito”. Foi, aliás, o “mestre” que incentivou o saxofonista a prosseguir os estudos musicais no Conservatório Nacional de Música, em Lisboa, onde, aliás, chegou a dar aulas de música.
O músico foi o saxofonista solista do concerto de abertura da temporada da Banda Sinfónica de Alcobaça, que decorreu no Cine-teatro João d’Oliva Monteiro, no passado sábado. No concerto, Mário Marques apresentou ao público um misto entre duas linguagens muito próprias do saxofone: uma vertente clássica e outra mais ligada ao jazz.
Esta polivalência é transversal a toda a carreira. O saxofonista faz uma distinção entre a música feita como cultura e como entretenimento. “Uma não vive sem a outra”, esclarece o alcobacense, mas a cultura dá muito mais gozo. “É um desafio muito maior até do ponto de vista técnico”, uma vez que nos projetos em que se envolve é posto à prova muito mais frequentemente.
Para o futuro, o músico antevê o lançamento do próximo álbum de Tubax Duo, em conjunto com o também alcobacense Sérgio Carolino, e mais um trabalho do conjunto multidisciplinar Rondó da Carpideira. Este projeto vai fazer o concerto de abertura do IndieLisboa, um festival internacional de cinema.
Começou por acaso mas, hoje, Mário Marques é um dos mais conceituados saxofonistas do País. E, melhor, é de Alcobaça