Oito anos passados sobre a abertura da Via de Cintura Interna (VCI) de Alcobaça, um dos proprietários de terrenos expropriados reclama a falta de construções que lhe foram prometidas pela Câmara em 2004.
Oito anos passados sobre a abertura da Via de Cintura Interna (VCI) de Alcobaça, um dos proprietários de terrenos expropriados reclama a falta de construções que lhe foram prometidas pela Câmara em 2004.
Os problemas surgem logo após o início do concurso para a realização da empreitada, em 2003. Depois de vários meses de negociações, Manuel Nogueira e a Câmara de Alcobaça chegaram a acordo para a expropriação de 2.133 metros quadrados de terreno onde hoje se encontra a VCI por um valor de 20 euros por metro quadrado. De acordo com o proprietário, este valor, “muito abaixo do valor de mercado”, foi aceite com a promessa de que a autarquia modelasse o “terreno sobrante entre a nova estrada e a moradia numa plataforma” e executasse “um coletor de esgotos domésticos”, obras que Manuel Nogueira reclama nunca terem sido efetuadas.
O documento apresentado pelo proprietário ao REGIÃO DE CISTER, comprova que no dia 30 de outubro de 2004 ficaram contratualizadas estas mesmas contrapartidas. O valor pecuniário foi, de facto, pago ao proprietário mas as obras nunca saíram do papel, sustenta o alcobacense, que esteve emigrado nos Estados Unidos da América.
A história ganha contornos de “escândalo”, conta Manuel Nogueira, com o facto de o alcobacense ainda se encontrar a pagar o Imposto Municipal sobre Imóveis referente aos 2,133 metros quadrados que hoje são património do Estado.
Contactado pelo REGIÃO DE CISTER, Paulo Inácio, presidente da Câmara de Alcobaça, revelou não conhecer o assunto em questão mas disse que “se houver contratos têm de se fazer cumprir”.
Manuel Nogueira contraria esta versão, afirmando que esteve em diversas reuniões de Câmara nas quais trouxe o assunto a discussão pública.