Domingo, Novembro 24, 2024
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Graciano Dias em entrevista ao Região de Cister

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 O Nazarenos apresentou o novo treinador. Graciano Dias pega numa equipa com 1 ponto após 14 jornadas, mas recusa atirar a toalha ao chão e pede aos adeptos para acreditarem.

Na ressaca da goleada sofrida em Ansião (14-0), o pior resultado da história do clube e o resultado mais desnivelado de sempre na Divisão de Honra distrital, o Nazarenos apresentou o novo treinador. Graciano Dias pega numa equipa com 1 ponto após 14 jornadas, mas recusa atirar a toalha ao chão e pede aos adeptos para acreditarem.

REGIÃO DE CISTER (RC) > O que o levou a aceitar este convite de uma equipa que está a fazer a pior carreira de sempre na Divisão de Honra da AF Leiria?
GRACIANO DIAS (GD) > Decidi aceitar, sobretudo, pelo sentimento de que tinha de ajudar este clube. Creio que, com a minha experiência, posso ajudar o Nazarenos dada a situação em que se encontra. E, por isso, não podia negar essa ajuda. É a terra que me acolheu, onde vivo há muitos anos, e não podia dizer que não a este clube histórico.

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RC > O que pensa que pode acrescentar a uma equipa que só conquistou 1 ponto até ao momento?
GD > Creio que poderei acrescentar a experiência, aquilo que são as minhas ideias de jogo, aquilo que tem sido muito do trabalho que desenvolvi na formação ao longo dos anos em clubes como o Caldas, nos campeonatos nacionais. Neste momento, o plantel do Nazarenos tem muitos jogadores abaixo dos 23 anos, portanto ainda podemos dizer que estão numa fase de completar a sua formação, e creio que com o meu conhecimento e experiência no futebol ao longo de muitos anos, como praticante e depois como treinador, posso acrescentar algo mais a esta equipa.

RC > Como se pode inverter este ciclo de resultados negativos? É uma equipa que acaba de perder por 14-0…
GD > Numa fase inicial irei fazer observações, porque o plantel é muito curto, para depois tentar que se encontrem alguns jogadores que tragam mais-valias para o grupo de trabalho. Precisamos de jogadores com qualidade que nos venham ajudar a encetar a recuperação na tabela. Além disso, devemos olhar para a equipa de juniores, que tem jogadores de grande qualidade e que podem ajudar os seniores a inverter esta situação negativa. Portanto, é deste conjunto de intenções, e pensando no campeonato jogo a jogo e com muita disciplina, que vamos tentar pontuar e tirar a equipa desta situação. É essencial trabalhar com rigor e disciplina, pois no futebol só dessa forma se podem obter resultados. E esta equipa precisa rapidamente de resultados positivos, para dar a volta à situação.

“Toda a gente pensa que já descemos, mas eu acredito”

RC > O Nazarenos está já a 11 pontos da primeira equipa acima da zona de descida e a primeira volta do campeonato termina já no domingo, com a receção ao Atouguiense, que também está abaixo da “linha de água”. Acredita que ainda é possível evitar a descida à 1.ª Divisão distrital?
GD > É verdade que estamos a 11 pontos da primeira equipa acima da “linha de água”, mas ainda há 48 pontos em disputa no campeonato e tudo é possível. Precisamos olhar para o campeonato de uma forma mais rigorosa e procurar arranjar dinâmicas para que os jogadores consigam evoluir do ponto de vista individual e coletivo. Sabemos que a situação é muito complicada, mas é possível, se trabalharmos todos em conjunto e com os mesmos propósitos, efetuar a recuperação que este clube necessita e evitar a despromoção.

RC > O que pode garantir aos adeptos deste clube histórico?
GD > Apenas posso prometer muito trabalho. No futebol não há missões impossíveis, mas é certo que estamos perante uma situação muito difícil. Aceitei o convite que me foi endereçado porque acredito que sou capaz de acrescentar algo à equipa e porque na minha vida sempre gostei de aceitar desafios. Aliás, costumo dizer que quanto maiores são os desafios mais prazer retiro deles. A estrutura do clube não me pediu nada, apenas me pediu para ajudar a tentar tirar a equipa desta situação. É para isso que já estamos a trabalhar.

RC > Como se pode explicar o resultado de Ansião?
GD > Quando as equipas não têm liderança existe desmotivação, descrença. Aquilo que aconteceu em Ansião foi um verdadeiro descalabro, que obviamente não irá repetir-se. Toda a gente pensa que já descemos, a situação é complicada, mas eu acredito na manutenção. No futebol, os milagres não acontecem, mas com muito trabalho, dedicação e esforço podemos melhorar muito e evitar a descida.

RC > A equipa precisa de reforços…
GD > Mas só virão jogadores se forem verdadeiros reforços. Aqueles que quiserem ajudar o clube irão comigo até ao fim, com um compromisso: um enorme respeito pelo clube e pelo futebol.

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