Terça-feira, Outubro 8, 2024
Terça-feira, Outubro 8, 2024

Filipe Faria: “Queremos fazer melhor do que na época passada”

Data:

Partilhar artigo:

Na época de retorno à Lizsport Divisão de Honra, o Alq. Serra alcançou o 5.º lugar no campeonato. O REGIÃO DE CISTER falou com o técnico Filipe Faria (ex-Ginásio), que abordou a época passada, definiu objetivos e falou do “regresso” ao Municipal de Alcobaça, no qual esteve durante 18 anos.

Na época de retorno à Lizsport Divisão de Honra, o Alq. Serra alcançou o 5.º lugar no campeonato. O REGIÃO DE CISTER falou com o técnico Filipe Faria (ex-Ginásio), que abordou a época passada, definiu objetivos e falou do “regresso” ao Municipal de Alcobaça, no qual esteve durante 18 anos.

REGIÃO DE CISTER (RC) > O 5.º lugar alcançado na época passada era o desejado?

Região de Cister - Assine já!

FILIPE FARIA (FF) > Na fase inicial, quando projetámos a época, a nível de equipa técnica, idealizámos ficar nos primeiros três ou quatro lugares, o que nos motivou a recrutar 12 jogadores. No entanto, depois de conhecermos o plantel das restantes equipas, considero que ficar no 5.º lugar foi muito bom, e acima de tudo, foi positivo para uma equipa que ascendeu da 1ª Divisão distrital para a Divisão de Honra.

RC > E o que lhe propuseram quando chegou ao Alq. Serra?

FF > A proposta foi a manutenção. O presidente manifestou o desejo que fizéssemos uma época tranquila e que a equipa ficasse nos dez primeiros lugares.

RC > Qual é o balanço que faz da época? 

FF > Naturalmente, é um passo muito grande para quem sobe da 1.ª Divisão distrital para a Divisão de Honra, assim como da Divisão de Honra para o Campeonato de Portugal. No início tivemos um campeonato muito difícil dado que jogámos contra algumas das equipas mais fortes. Depois com o tempo acabámos com um momento de forma muito positivo, uma vez que nos últimos sete jogos ganhámos seis e chegámos ao 5.º lugar, que foi a grande meta de grupo. Lembro-me que no início da época ficaram nove jogadores e fomos buscar 12, sendo que articular um novo treinador numa equipa nova leva sempre o seu tempo. Quero também salientar, pela positiva, os sócios e adeptos do clube que nos acompanham. O Alq. Serra é o clube de uma aldeia em que as pessoas vivem muito o futebol e estão muito presentes, quer nos treinos quer nos jogos. As pessoas vão ao futebol porque gostam e não apenas porque na equipa está um familiar a jogar. 

RC > A questão do “jogo da mala” referente à última jornada da Lizsport Divisão de Honra suscitou alguma controvérsia. Como comenta a situação?

FF > Uma coisa posso garantir: ninguém falou connosco para ganharmos ou perdermos, nem agora nem nunca. Nós tínhamos o objetivo de ganhar para ficar em 5.º lugar. Fizemos alguma gestão do plantel, porque já estávamos na parte final e queríamos dar oportunidade aos que jogaram menos, mas isso era uma gestão que já vinha a ser feita. Pessoalmente, até me custou ver os jogadores adversários no fim do jogo. Nós fizemos o nosso trabalho que era vencer. Quanto aos outros não temos nada que ver com isso. A nível distrital acho que isso não acontece.

“O Alq. Serra tenta contratar mais na zona de Leiria e Fátima, apesar de o Ginásio ter jogadores com muita qualidade”

RC > De que forma o clube tenta recrutar jogadores dado que não está nos grandes “centros”?

FF > Confesso que inicialmente tinha a ideia de que o clube ficava mais distante dos “grandes centros”. Infelizmente, não temos possibilidade de pagar muito, mas procuramos oferecer outras coisas para “cativar” os jogadores. Nomeadamente, em termos de pagamento, é tudo rigorosamente cumprido pelo presidente. Nos dias definidos para pagamento, todos recebem o que foi acordado. Depois há também o trabalho feito pela equipa técnica, que tenta promover os jogadores para outros patamares. 

RC > E recrutar no Ginásio é uma hipótese? 

FF > Quando saí do Ginásio sabia que alguns jogadores queriam sair e acabei por levar comigo sete jogadores (Ângelo, Serginho, Cerejo, David, Leandro, Pedro Domingues, Duarte), que sendo da zona de Leiria não foi muito difícil que aceitassem. Mas agora não. O Alq. Serra tenta contratar mais na zona de Leiria e Fátima, apesar de o Ginásio ter jogadores com muita qualidade.

RC > O plantel está fechado?

FF > Antes do último jogo da época, com o Beneditense, já todos os jogadores sabiam quem é que a equipa técnica pretendia que continuasse e com quem não contava. Quase todos quiseram ficar e renovaram de imediato. Depois fomos buscar os jogadores que ainda podiam acrescentar valor. Neste momento o plantel está praticamente fechado. 

RC > O Campeonato de Portugal é um objetivo para um futuro próximo?

FF > O objetivo do Alq. Serra é ter uma equipa que todos os jogos lute pela vitória, consolidando a sua posição na Divisão de Honra. Até porque o Campeonato de Portugal é outra realidade e outro orçamento. Neste momento, pela diferença de valores entre uma competição distrital e nacional penso até que nenhuma equipa de Leiria pretende subir. O orçamento tem que ser muito superior e as equipas não estão em condições para o conseguir, tanto que a maior parte das equipas que sobem na época seguinte acabam por descer. Um orçamento de menos de 150 mil euros não é suficiente para a manutenção no nacional.

RC > Teve propostas para sair?

FF > Este ano curiosamente tive cinco convites, dois da 1.ª Divisão distrital, dois da Divisão de Honra e um do Campeonato de Portugal,  mas a partir do momento em que dei a minha palavra ao clube assumi o projeto a 200%.

“Estive no Ginásio 18 anos. Adoro o clube, do qual sou sócio pagante, e acredito que me ajudou muito na minha formação como treinador e como pessoa”

RC > Quais são os objetivos para a nova temporada?

FF > Naturalmente, queremos sempre o 1.º lugar. Mas este campeonato vai ser muito difícil. Pelas equipas que se estão a formar penso que vai haver muitas equipas a lutarem pelos lugares cimeiros, e poucas a quererem apenas a manutenção. Vai ser muito equilibrado. Depois é uma questão de ver quem consegue começar melhor o campeonato. Se a época passada conseguimos a 5.ª posição, para a próxima temporada queremos, pelo menos, fazer melhor.

RC > Como é que foi voltar ao Ginásio, desta feita como adversário?

FF > Vir ao Municipal é um sentimento agridoce porque, se por um lado revejo pessoas de quem gosto e com as quais convivi muito tempo, por outro também quero ganhar a todo o custo. Estive no Ginásio 18 anos. Adoro o clube, do qual sou sócio pagante, e acredito que me ajudou muito na minha formação como treinador e como pessoa. Pelo clube conquistei campeonatos de iniciados, juvenis, juniores e seniores. 

RC > E voltar ao Ginásio é uma hipótese na sua carreira?

FF > Um dia talvez. Eu gosto do clube e sou grato pelos anos que lá estive e pelo trabalho que consegui desenvolver.

AD Footer

Artigos Relacionados

Juncalense parte para missão de voluntariado em Cabo Verde

A juncalense Patrícia Rebelo embarcou, na semana passada, para Cabo Verde numa viagem única que lhe vai proporcionar...

Ordem dos Farmacêuticos homenageia Maria Orlanda da “Farmácia do Sítio”

Maria Orlanda, conhecida pelo trabalho de décadas na “Farmácia do Sítio”, foi homenageada pelos 50 anos de carreira,...

Alcobaça vai coroar novo campeão nacional de ralis

O Rallye Vidreiro Centro de Portugal vai voltar a passar na cidade de Alcobaça – entre o próximo...

Isabel Ricardo divulga literatura em escolas dos EUA

A nazarena Isabel Ricardo esteve nos Estados Unidos a divulgar a língua e a literatura infanto-juvenil portuguesa. A...

Aceda ao conteúdo premium do Região de Cister!