O julgamento dos 11 arguidos suspeitos de pertencerem a um grupo que terá furtado mais de dois milhões de euros, em ataques a caixas multibanco em todo o País, teve início a 6 de janeiro no Tribunal de Coimbra. Na primeira sessão, os arguidos, detidos em flagrante delito num armazém em Alcobaça, decidiram permanecer em silêncio.
O julgamento dos 11 arguidos suspeitos de pertencerem a um grupo que terá furtado mais de dois milhões de euros, em ataques a caixas multibanco em todo o País, teve início a 6 de janeiro no Tribunal de Coimbra. Na primeira sessão, os arguidos, detidos em flagrante delito num armazém em Alcobaça, decidiram permanecer em silêncio.
De acordo com o Ministério Público, o “núcleo duro” do grupo era constituído por três indivíduos, de 29, 30 e 32 anos, residentes nas zonas de Sintra e Alcobaça. O grupo contava com o auxílio de três mulheres, que tinham a missão de guardar os veículos e o material utilizado nos crimes, e ainda com apoio logístico em Évora de Alcobaça, Cascais e Loures.
Antes dos furtos, os membros “selecionavam criteriosamente as caixas multibanco”, procurando perceber a marca e modelo do terminal, através de consultas de movimento de cartões de débito, tendo preferência pelas caixas de uma versão da marca BAUSSA, mais “antiga, ultrapassada e com menos mecanismos de segurança”, refere o Ministério Público (MP). Para os assaltos, o grupo recorria a carros previamente furtados e usava chapas de matrículas também roubadas e correspondentes a outros veículos.
Na lista de acusações constam um ataque a uma agência bancária na localidade do Vimeiro, um outro assalto na Pastelaria Jomafel, na Benedita, e dois assaltos no concelho de Porto de Mós, que resultaram no furto de mais de 72 mil euros.
A quadrilha foi desfeita em dezembro de 2017 quando, após um assalto em Torres Novas, ao chegar ao armazém em Évora de Alcobaça com o dinheiro, foi intercetada por elementos da Polícia Judiciária, auxiliados por militares da GNR.