Após verem festivais e concertos cancelados, um grupo de amigos melómanos da região decidiu criar o movimento “Música da Casa”para promover concertos pagos em streaming exclusivos para membros.
Após verem festivais e concertos cancelados, um grupo de amigos melómanos da região decidiu criar o movimento “Música da Casa”para promover concertos pagos em streaming exclusivos para membros.
“Não que estivessem fartos de ver concertos à borla nas redes sociais, mas, por acharem que essa situação não seria sustentável para os músicos nem valorizava a arte”, os alcobacenses João Silva e Len Cruise e o valadense Vasco Sousa criaram uma página no Facebook e uma conta na plataforma Patreon com três opções de mensalidades.
“A iniciativa foi criada com dois objetivos principais: os músicos continuarem a ser pagos pelo seu trabalho e os fãs continuarem a ter acesso aos seus concertos”, explica ao REGIÃO DE CISTER João Silva, um dos impulsionadores do movimento. “Se os músicos continuarem a não ser remunerados pelo seu trabalho e tiverem que parar de tocar e atuar são os fãs que mais perdem com isso”, lamenta. “Não podemos deixar que a música acabe”, reforça João Silva, também músico.
Na Patreon, a partir de cinco euros (mais IVA), é possível assistir de dois a quatro concertos por mês. As outras mensalidades incluem mais benefícios, como o acesso a um maior número de concertos, a possibilidade de escolher as bandas, a interação com os músicos e ainda a oferta de t-shirts e discos. “Música da Casa” atingiu o seu primeiro objetivo: chegar aos 50 membros.
Os concertos continuarão a ser transmitidos online, via streaming, mas quando estiverem reunidas todas as condições, segundo as normas de restrição provocadas pela Covid-19, o objetivo será organizar concertos ao vivo, aos quais os membros continuarão a ter acesso. Apesar do projeto inicial incluir músicos portugueses já está a ser estudada a possibilidade de trazer para o projeto artistas estrangeiros.