A situação económica da Casa do Povo da Calvaria de Cima agravou-se com a pandemia, tendo já prejuízos superiores a 40 mil euros desde o passado mês de março. A situação pode colocar em risco a continuidade da instituição.
A situação económica da Casa do Povo da Calvaria de Cima agravou-se com a pandemia, tendo já prejuízos superiores a 40 mil euros desde o passado mês de março. A situação pode colocar em risco a continuidade da instituição.
“Não sabemos como vão ser os próximos meses. Temos tido prejuízos atrás de prejuízos”, revela o presidente da Direção da instituição, em declarações ao REGIÃO DE CISTER. Desde o início da pandemia, em meados do mês de março, a Casa do Povo contabiliza quase 40 mil euros de prejuízos. “Em média, todos os meses perdemos cerca de 8 mil euros”, refere Carlos Rebelo.
Com o encerramento do Centro de Dia e a suspensão das refeições do ATL e dos Serviços de Apoio à Família a cerca de 130 crianças, as receitas da Casa do Povo diminuíram drasticamente. Já as despesas mensais da instituição aumentaram. “A maioria dos utentes do Centro de Dia passou a ter apoio domiciliário e este serviço tem custos de pessoal e de transporte bastante acrescidos, mas não podemos deixar a população sem alimentação e sem cuidados de higiene”, sublinha o presidente da Direção. Atualmente, a Casa do Povo da Calvaria de Cima fornece 140 refeições diárias a 70 utentes.
“No entanto, é a comunidade que nos tem ajudado nos últimos meses com a doação de alimentos”, acrescenta.
Para fazer face às despesas mensais e manter os colaboradores, a instituição teve que recorrer à banca para um empréstimo no valor de 20 mil euros. Até agora, a Casa do Povo de Calvaria de Cima contou apenas com a apoio financeiro da Câmara Municipal de Porto de Mós que atribuiu à instituição o valor de sete mil e quinhentos euros no âmbito das medidas excecionais e temporárias da pandemia.
A autarquia também disponibilizou uma verba de 15 mil euros para a realização de obras. “Temos tido vários problemas com infiltrações que vão finalmente ser resolvidos”, nota Carlos Rebelo. “Para darmos melhores condições aos nossos utentes, precisávamos de fazer uma intervenção maior no edifício, o que não será possível nos tempos mais próximos”, lamenta Carlos Rebelo.