Foi na década de 1980 que Maria José Lino decidiu rumar a Évora de Alcobaça para reinventar um pequeno espaço comercial à entrada da freguesia. Quase quatro décadas depois, a “Tasca do Chefe” já enfrentou várias fases e, embora hoje a tasca esteja apenas presente no nome, o lema continua o mesmo: “abraçar a mudança e os desafios com um sorriso”. Hoje é café, restaurante e salsicharia.
Foi na década de 1980 que Maria José Lino decidiu rumar a Évora de Alcobaça para reinventar um pequeno espaço comercial à entrada da freguesia. Quase quatro décadas depois, a “Tasca do Chefe” já enfrentou várias fases e, embora hoje a tasca esteja apenas presente no nome, o lema continua o mesmo: “abraçar a mudança e os desafios com um sorriso”. Hoje é café, restaurante e salsicharia.
A experiência na gerência de espaços comerciais levou a sexagenária a aceitar o desafio de reabrir portas de um negócio “já com muita história” na Rua Nova Da Eira Velha. “Quando adquiri o espaço era uma mercearia, uma taberna e um talho. Acabámos por comprar três negócios de uma vez e sabíamos que o desafio era grande, mas optámos por arregaçar mangas e seguir em frente”, conta.
Depois de “profundas” obras de requalificação, a taberna e a mercearia deram lugar a um café e um restaurante. No entanto, o casal escolheu apenas manter o talho e apelidar o negócio de “Tasca do Chefe”. “Era necessário adaptar o negócio aos novos tempos e por isso decidimos mudar a oferta. Mas, na nossa opinião, fazia sentido manter o talho, principalmente para fornecer o novo restaurante”, explica a comerciante.
Nos anos seguintes, a Tasca do Chefe satisfez as necessidades da comunidade no que refere a “um bife de excelência”, a “um café e dois dedos de conversa” ou “uma refeição caseira”. No entanto, no ano passado os proprietários tomaram a decisão de transformar o talho numa salsicharia e dedicar todas as atenções a este nicho de mercado, alugando o café e o restaurante. “Sempre foi uma das nossas especialidades e por isso decidimos mergulhar, novamente, de cabeça num novo desafio… apenas os dois”, graceja Maria José Lino, revelando o desafio de produzir o volume de produto necessário com apenas duas pessoas. Mas o negócio tem corrido bem, “na medida do possível para pequenos comerciantes numa terra pequena”. O segredo, conta Maria José Lino, é a forma tradicional como todo o processo é realizado, desde o corte manual da carne ao fumeiro a lenha. Os clientes são, na sua maioria, pequenas mercearias, mas há também o “cliente amigo”, que já sabe onde encontrar a qualidade.
Com a saúde do marido cada vez mais frágil, Maria José Lino não faz planos a longo prazo para a “Tasca do Chefe”. Por enquanto, o desejo é manter as portas abertas, continuar a enfrentar os desafios, abraçar cada nova oportunidade e dar as boas vinhas aos eborenses.