Sábado, Dezembro 28, 2024
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Alcobaça e Nazaré entre os 30 concelhos do País com mais desemprego

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O impacto da pandemia de Covid-19 é notório em todos os setores, mas torna-se cada vez mais evidente no mercado do trabalho. A taxa de desemprego na região aumentou significativamente face ao período homólogo do ano passado. Alcobaça e Nazaré estão, segundo uma análise do jornal Expresso, entre os 30 concelhos a nível nacional onde o desemprego mais subiu no período compreendido entre fevereiro, o último mês antes da pandemia, e agosto.
 

O impacto da pandemia de Covid-19 é notório em todos os setores, mas torna-se cada vez mais evidente no mercado do trabalho. A taxa de desemprego na região aumentou significativamente face ao período homólogo do ano passado. Alcobaça e Nazaré estão, segundo uma análise do jornal Expresso, entre os 30 concelhos a nível nacional onde o desemprego mais subiu no período compreendido entre fevereiro, o último mês antes da pandemia, e agosto.

Ao longo do último semestre, mais 851 pessoas residentes na região de cister declararam situação de desemprego junto do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). No município de Alcobaça havia a contabilizar 1.532 desempregados no passado mês de agosto, na sua maioria mulheres (917). Desde fevereiro, o número de pessoas do concelho inscritas no IEFP subiu 52,6%, isto é, mais 528 munícipes perderam o emprego no primeiro semestre da pandemia.

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Ao comparar os dados entre agosto de 2019 e de 2020, o cenário torna-se ainda mais adverso. No espaço de um ano, o desemprego aumentou 58,43% no município. O fim do trabalho não permanente continua a ser a principal causa do desemprego no concelho.

Deste modo, e segundo uma análise do jornal Expresso, Alcobaça ocupa o 29.º lugar na listagem dos 30 concelhos a nível nacional onde o desemprego mais aumentou desde o início da pandemia.

Os dados referentes ao concelho da Nazaré não são mais animadores. Entre os concelhos da região, o município revela ser o mais fustigado pela pandemia no que refere ao setor laboral. Segundo os dados do IEFP, a Nazaré registou um crescimento de 55,8% da taxa do desemprego entre fevereiro e agosto deste ano. Somando os 183 munícipes inscritos no Instituto no último semestre, o total de cidadãos em situação de desemprego perfaz 511. A subida do desemprego na Nazaré desde o início da pandemia está próxima do valor registado entre agosto de 2019 e de 2020 (218 novos inscritos).
As mulheres continuam a ser mais afetadas pelo desemprego naquele concelho, que a nível nacional ocupa o 23.º lugar entre as três dezenas onde o desemprego disparou devido ao novo coronavírus.

Por se tratar de um concelho muito ligado ao turismo, o aumento destes valores está em parte relacionado com impacto da pandemia neste setor. O término de vínculos laborais a termo, na sua maioria celebrados ou estendidos em época balnear, são por isso a razão que leva mais população ao IEFP.

“Era expectável o crescimento do desemprego, uma vez que os setores do turismo e da hotelaria sofreram um grande impacto devido à pandemia e também muitas empresas foram obrigadas a suspender a atividade durante algum tempo”, analisa o presidente de Câmara da Nazaré. “Este é um natural efeito do período adverso que atravessamos, mas acredito que estamos numa fase transitória e que será possível recuperar. Prova disso é a evolução positiva da Área de Localização Empresarial de Valado dos Frades, que tem um peso importante na taxa de empregabilidade no concelho”, sublinha Walter Chicharro.

Contactado pelo REGIÃO DE CISTER, não foi possível obter um comentário do presidente da Câmara de Alcobaça sobre os números do desemprego daquele concelho.

De uma forma geral, a região de Lisboa e Vale do Tejo sofreu o maior agravamento entre os passados meses de fevereiro e agosto. Há a contabilizar o aumento na ordem dos 46% do desemprego (mais de 90 mil novos inscritos), um valor que supera a média nacional. Este cenário pode ser justificado pelo crescente impacto nefasto da Covid-19 na região: aumento diário de casos e interrupção da atividade laboral em diferentes empresas e instituições devido a focos de contágio. 
Entre os três concelhos da região, Porto de Mós registou o menor aumento da taxa de desemprego desde o início da pandemia (37,7%). O IEFP registou a inscrição de 140 novos portomosenses entre fevereiro e agosto. De acordo com os últimos dados revelados, há a contabilizar no município 543 desempregados.

No entanto, analisando a variação do fluxo de desempregados registado ao longo do último ano é possível concluir que mais pessoas perderam o emprego ao longo dos últimos seis meses (140) que no espaço de um ano (138).
Caracterizado pela forte presença de empresas da indústria transformadora, o concelho de Porto de Mós sofreu um forte rombo no início da pandemia, com a grande maioria das empresas a suspender funções. No entanto, a retoma tem sido gradual e este facto pode estar associado à evolução (mais ou menos) estável da taxa de desemprego do concelho.

Analisando o panorama nacional, o Instituto Nacional de Estatística informa que a taxa de desemprego continuou a subir em agosto para os 8,1%, mais 0,2 pontos percentuais do que no mês precedente e mais 1,7 pontos percentuais do que há um ano. A taxa de desemprego dos jovens foi, por sua vez, estimada em 26,3%, a que corresponde um acréscimo de 0,1 pontos percentuais relativamente à taxa de julho.

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