Quinta-feira, Abril 25, 2024
Quinta-feira, Abril 25, 2024

E depois da pandemia?

Data:

Partilhar artigo:

Arrisco uma resposta ao jeito de La Palice: não dá para saber! A única certeza é a mudança. A mudança de hábitos pessoais e sociais: distanciamento contínuo; álcool gel q.b.; KN95 ou cirúrgicas em doses triplas; “adeus” aos apertos de mão, aos beijinhos e abraços na chegada e na partida; menos idas “aqui e ali”, menos consumo. Novas oportunidades? Talvez! Alguns setores, num contraste direto com outros que sucumbem, experimentam índices de produtividade com tendências ascendentes. Talvez possamos observar um espírito cívico mais vincado; mais voluntarioso e solidário! Maior respeito por quem trabalha no serviço público e pelos profissionais de saúde. Talvez possamos, de um prisma otimista, seguir rumo a uma sociedade global em que uma ameaça comum acabe por gerar mais união.

Crises financeiras e economias estagnadas “à parte”, a verdade é que a pandemia tem um impacto que se propaga além dessas fronteiras. Creio que diríamos não acreditar nesta possibilidade, se nos dissessem, no final de 2019, o que nos esperaria. A démodé noção de que o que é “mau” apenas acontece aos outros, talvez explique alguns percalços governativos ao longo deste ano. Sabemos, porém, que não acontece só aos outros. E sabemos também que uma balança vive do equilíbrio entre “dois pratos”. Todos deverão contribuir para que os “pratos” retomem esse equilíbrio. Um ano depois de vivenciarmos momentos jamais pensados e momentos jamais esquecidos, convém refletir.

Aproveitemos a quadra pascal, que convida ao recolhimento, para olharmos para o interior, para avaliarmos quem “queremos ser depois do adeus”. Abril é o mês em que o mundo coloca os olhos numa das síndromes com maior incidência nas novas gerações – o autismo – consciencializando-se para os contornos deste estado clínico que compromete a comunicação e o comportamento social e que coloca a alteridade em questão. Faz sentido (então) apontar o foco para este conceito, ajustando-o à realidade do “agora”. Enquanto sociedade, mas principalmente enquanto executores de cidadania democrática, como nos comportaremos? Afinal a “minha liberdade termina quando começa a do outro”. Um ano “depois”, o “adeus” está afinal ainda longe.

Região de Cister - Assine já!
AD Footer
Artigo anterior
Próximo artigo

Artigos Relacionados

Solancis alicerça crescimento com aposta na inovação

A inovação tem sido a chave para o desenvolvimento do negócio da Solancis. A empresa, sediada na Benedita...

Como vivi o 25 de abril de 1974

Lembro-me, quase como se fosse hoje. Depois de uma madrugada não esperada, houve um dia que parecia igual...

Beneditense visita Ansião em duelo de extrema importância na Honra de juniores

A equipa de juniores do Beneditense vai visitar o reduto do Ansião, no próximo dia 4 (15:30 horas),...

Alq. Serra obrigado a fazer melhor do que o Valeo SAD para sonhar com a permanência

Seis temporadas depois, o Alq. Serra pode estar prestes a voltar a disputar o último escalão distrital.Os alqueidoenses...

Aceda ao conteúdo premium do Região de Cister!