O naufrágio na praia de Paredes da Vitória, que ocorreu em fevereiro de 1736, foi tema da publicação das transcrições pelo historiador Tiago Inácio, de Pataias, nos Anais Leirienses este mês.
O naufrágio na praia de Paredes da Vitória, que ocorreu em fevereiro de 1736, foi tema da publicação das transcrições pelo historiador Tiago Inácio, de Pataias, nos Anais Leirienses este mês.
Num dos volumes da compilação de 1759 que resgatou informação do cartório da Alfândega de Lisboa depois do terramoto de 1755, intitulado “Registo de várias ordens, decretos e alvarás”, encontram-se cópias de documentos transcritos de 1644 a 1754, entre os quais os que dão conta do naufrágio nas Paredes.
O navio, capitaneado pelo Inglês Jorge Benan e proveniente da Irlanda, naufragou na praia de Paredes da Vitória (ou numa das praias vizinhas) e trazia consigo uma carga de Camelões (tecido de lã ou tecido de pelo de cabra), barris de manteiga, carne de porco e de vaca, tratando-se, portanto, de um navio comercial e não militar.
“Segundo os documentos, verifica-se que foi possível recuperar parte da carga, sendo uma parte remetida para a alfândega de Lisboa, nomeadamente os camelões e 442 barris de manteiga, e outra parte foi vendida nos Coutos de Alcobaça”, explica o historiador.