Torres Novas, Alcobaça, Caldas da Rainha, Leiria ou Santarém. Vieram de diferentes pontos do País até à localidade de Serro Ventoso para participar no 8.º Festival do Galo, que se realizou no passado fim de semana. O evento gastronómico organizado pela Junta de Serro Ventoso realizou-se no Pavilhão de São Silvestre e juntou nos dois dias mais de um milhar de pessoas.
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Mas há também quem se tenha deslocado de propósito do estrangeiro para degustar a “Feijoada de Galo”, o “Arroz de Galo”, o “Galo no Forno”, a “Cabidela de Galo”, o “Galo Bêbado”, a “Alheira de Galo”, o “Chouriço de Galo” ou as “Cristas de Galo”. É o caso de Antónia Reis e do marido, de São Paulo (Brasil), que decidiram agendar a visita a Portugal para novembro para poderem participar no evento gastronómico. “Os nossos amigos falam tão bem que quisemos vir conhecer”, referiu a brasileira, em declarações ao REGIÃO DE CISTER. “Estamos a adorar e para o ano queremos voltar”, acrescentou. O casal do Brasil esteve acompanhado por um grupo de Leiria que participa no Festival do Galo desde a sua primeira edição.
Da Galiza (Espanha) vieram o presidente da Associação de Criadores de Galo de Curral, Tito Mariño, e o vice-presidente da Junta de Vila de Cruces, Julio López, que organizam anualmente na localidade galega a Festa Gastronómica do Galo que tem vindo nas últimas edições a contar com a parceria da Junta de Serro Ventoso.
“Este festival é totalmente diferente do nosso. O espírito de união da comunidade está muito presente”, sublinhou Julio López. “A organização do evento está cada vez melhor”, acrescentou Tito Mariño.
As receitas do festival do galo vão reverter a favor do Clube Recreativo, da Associação de Pais e das fábricas das igrejas da freguesia.
“Foi mais uma edição de sucesso. Conseguimos angariar uma quantia que ultrapassou os 10 mil euros”, avança o presidente da Junta de Serro Ventoso. “A cada associação vai ser entregue o valor de 1.500 euros que vai ajudar as coletividades a fazer face às suas despesas anuais”, acrescenta Carlos Cordeiro, que também vestiu o avental para servir às mesas.
Além de apoiar as associações locais e de promover os pratos tradicionais de galo e também a freguesia, a realização do festival tem ainda como objetivo “desenvolver o setor primário”. Conhecida como a “Capital do Galo” portuguesa, Serro Ventoso já esteve representada além fronteiras quando cozinhou o famoso “Galo de Cabidela” em edições anteriores à pandemia da Festa Gastronómica do Galo de Curral de Vila de Cruces, evento que integra a Rede Europeia do Património Gastronómico.