Conhecido por ser o mentor de um dos maiores presépios animados em todo o País, o nome do marceneiro Jaime Roxo, da Cela Nova, deverá voltar brevemente a andar “nas bocas do mundo” devido ao seu mais recente projeto.
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Falamos de uma exposição com miniaturas relacionadas com a história de produção de vinho, desde os primórdios da atividade até aos dias de hoje, e que o artista decidiu agora recriar através de uma arte que deixa qualquer visitante… de olhos em bico. Porque a qualidade do trabalho que ainda está em fase final de execução é de alto gabarito.
O REGIÃO DE CISTER esteve no local onde o celense tem vindo, de há dois anos para cá, a dar largas à sua imaginação, sendo que o barracão situado junto à sua casa já começa a ser pequeno de mais para o tamanho da “aldeia” que Jaime Roxo está a construir.
Com a madeira, o plástico e a esferovite a serem os elementos mais utilizados pelo marceneiro, a exposição contempla várias áreas relacionadas com todo o processo de produção de vinho, desde a tanoaria (onde se faziam os barris), às talhas em barro (onde se guardava o vinho), passando pela prensa de vara de madeira (local onde o vinho era prensado) e sem esquecer a sequência de lagares mais modernos. Há ainda espaço para uma destilaria e para uma taberna. Tudo feito à mão, reforce-se, num trabalho que concebe também peças que primam pelo… movimento. Com a ajuda de amigos, entre os quais eletricistas, há também um motor que coloca os “bonecos” e outros adereços em movimento. Como quase se de realidade virtual se tratasse.
“Julgo ser um dos maiores projetos desta área alguma vez feito em Portugal. Fui desafiado por pessoas que viram o meu trabalho relacionado com os presépios animados, voltaram a falar comigo algum tempo depois, chegámos a acordo e decidi colocar mãos à obra”, conta Jaime Roxo, que é marceneiro por conta própria e que, por essa razão, teve mais facilidade em abdicar de (muito) tempo do dia-a-dia para se dedicar a este projeto. “Comecei na altura da pandemia, em 2020, e daí para cá estou neste trabalho cerca de 10 horas por dia. A ideia é que o mesmo possa ficar concluído até ao próximo mês de junho”, assume o celense.
Depois de acabado, o trabalho seguirá para Santa Catarina da Serra (Fátima), mais propriamente para a Adega Joaquim D’Avó, onde ficará em exposição para todos aqueles que visitem o referido espaço.
“Ainda não acabou, mas já estou muito orgulhoso. Diria até que será um trabalho único feito em Portugal. Aliás, já têm vindo cá alguns amigos meus ver a obra e todos eles têm ficado maravilhados”, conclui Jaime Roxo. A beleza e a magia estão todas lá…