O álbum “Nó Górdio” acaba de ser lançado por Tiago Félix. Sem um conceito definido, os temas são fruto da “realidade atual” do músico alcobacense, das “pessoas com quem se cruza, dos discos que anda a ouvir, dos livros que anda a ler e das suas preocupações momentâneas”.
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“Quis que em cada uma estivesse a pensar numa coisa diferente, a dizer algo que não tinha dito ainda, em vez de estar a dizer o mesmo por outras palavras. Isso faz com que narrativamente haja uma variedade maior”, acrescenta.
Tal como a lenda que envolve o rei da Frígia e Alexandre, o Grande, o título do álbum faz referência a um “problema insolúvel” e surgiu assim que Tiago Félix começou a compor as primeiras canções.
“Eu gosto que os meus títulos tenham tanto de específico quanto de vago para não estar à partida a limitar a interpretação ou a condicionar a forma como depois se ouvem as canções”, sublinha ainda o cantautor.
“Uma Parte do Todo”, “Está tudo Bem”, “Tiago”, “Disco da Paciência”, “Figas Diabo Negro”, “Multiplicação de Números Pequenos” e “Melopeia” são os anteriores álbuns lançados pelo artista.
Formado em literatura, o alcobacense lançou no ano passado o seu primeiro livro, na casa da Música de Ílhavo. “As Mãos Enquanto Esperamos” apresenta 50 poemas escritos entre 2015 e 2020, que resultam de uma “prática quotidiana” e de “um trabalho em contínuo”. O trabalho de edição e a conceção gráfica estiveram a cargo da Associação Gráfica Ilhavense, com execução gráfica dividida entre a Tipografia Beira Mar e a associação ilhavense, na qual foram impressas manualmente através do método de serigrafia as ilustrações que constam da capa, ilustrada com recurso a gravação em linóleo.
Além da música e da literatura, Tiago Félix dedica-se também à pintura.