O Centro Recreativo Calvariense vai “renascer das cinzas” depois de se encontrar inativo há 23 anos. O objetivo é voltar a oferecer à comunidade momentos de convívio, assim como propostas culturais, desportivas e sociorecreativas que deixaram de ser possíveis de realizar no final da década de 1990.
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A falta de condições da época ditou o fim da coletividade fundada nos anos 50.
Na memória dos calvarienses ficaram os grandes encontros de motocross, os jogos de futebol e os bailes. Estas e outras atividades vão voltar a dinamizar a freguesia num futuro pouco distante. Mas, para já, o que se pretende é fazer face a uma lacuna que é bastante característica destes tempos modernos.
“Temos atualmente vários cafés, mas não existe nenhum espaço que promova o associativismo, onde seja possível jogar às cartas ou a jogos de tabuleiro ou até mesmo organizar um evento”, começa por defender o presidente do “novo” Centro Recreativo Calvariense. O sonho de Jorge Gomes em reativar o Centro Recreativo Calvariense já é antigo, mas só agora considera estarem reunidas as condições para reativar o projeto.
“A população da Calvaria de Cima tem crescido significativamente nos últimos anos. No entanto, a localidade acaba por ser, para algumas pessoas, um dormitório, uma vez que trabalham e passam grande parte do seu tempo livre fora, por falta de opções e atrações”, destaca, em declarações ao REGIÃO DE CISTER, o dirigente que fez também parte dos órgãos sociais da anterior direção.
É precisamente para contrariar essa realidade que foi criada uma nova associação que já se encontra a planear os primeiros eventos desportivos, mesmo não havendo ainda um espaço aberto à comunidade.
“O anterior edifício encontra-se bastante degradado e sem condições para abrir ao público. Neste momento estamos a fazer um levantamento das necessidades e não sabemos se o recuperamos ou se arranjamos uma outra alternativa”, refere Jorge Gomes.
Independentemente do local, o espaço, que não tem ainda data definida para abrir, vai estar preparado para oferecer momentos de convívio à população da região e para receber concertos, palestras, workshops e outras iniciativas. “Apesar deste projeto ainda se encontrar em fase embrionária, temos várias ideias para o futuro, mas precisamos que a comunidade colabore connosco”, frisa o dirigente. “Apenas um trabalho em equipa levará esta missão a bom porto”, acrescenta.
Desta missão fazem também parte a promoção do desporto, da natureza e do património local. De forma a juntá-los numa só iniciativa, já a partir do próximo mês, vão ser organizados encontros semanais, aos domingos, com passeios de BTT. Ao longo do haverá ainda caminhadas no âmbito de uma parceria com o grupo Passadas e Pegadas. Outro dos objetivos é a participação nos eventos do Município, como o Tok’andar, o Troféu BTT ou também as Festas de São Pedro.