Foi aos 5 anos de idade, por incentivo dos pais, que Santiago Novo começou a dar os primeiros passos na dança. Aos 11, percebeu que o seu sonho era ser bailarino profissional e, agora, aos 17, vê que esse objetivo está cada vez mais próximo de ser alcançado.
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O aluno da Academia de Dança de Alcobaça foi selecionado para participar na 6.ª edição do programa Território, promovido pelos Estúdios Victor Córdon e pela Opart, que envolveu outros nove jovens bailarinos de instituições de ensino de dança de todo o País que tiveram a oportunidade de trabalhar com a prestigiada dupla de coreógrafos Sol León & Paul Lightfoot, ativa desde 1989 e criadora de mais de 60 espetáculos para o Nederlands Dans Theater, assim como com Douglas Lee, antigo bailarino principal no Stuttgart Ballet. A experiência profissionalizante culminou com a apresentação de um espetáculo, composto por duas peças, uma nova criação e uma reposição, no Teatro São João, no Porto, no Largo de São Carlos, no âmbito do Festival Ao Largo, em Lisboa, e ainda no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria, no passado mês.
Ao longo das seis edições, o programa Território recebeu mais de 70 jovens bailarinos e envolveu cerca de 40 escolas de dança, sendo Santiago Novo o primeiro da região a integrar o projeto.
“Foi uma experiência muito importante, única e marcante para o começo de um novo ciclo como jovem bailarino. O trabalho desenvolvido foi muito desafiante, com novas linguagens de movimento com as quais nunca tinha contactado, mas também por me pôr à prova num ritmo de trabalho que nunca tinha trabalhado, que é o ritmo normal dentro de companhia de dança”, sublinha o bailarino natural de Pisões (Pataias), em declarações ao REGIÃO DE CISTER, que refere ter participado na audição “sem qualquer expetativa” de ser selecionado.
“Este projeto deu-me uma nova perspetiva da dança e das minhas capacidades como bailarino e estou muito feliz com o resultado final e com todos os momentos que o programa me proporcionou, incluindo mesmo o facto de ter conhecido outros jovens e de ter aprendido com eles”, acrescenta Santiago Novo.
O jovem, que está prestes a concluir a sua formação ao nível do curso secundário de dança em regime articulado, já se encontra a planear a próxima fase, que poderá vir a ser um dos grandes desafios da sua vida: ir sozinho para o estrangeiro para agarrar as oportunidades que Portugal nem sempre dá aos jovens artistas.
Dessa forma, o próximo objetivo do bailarino da Academia de Dança de Alcobaça é estudar numa universidade de referência da Europa ou integrar numa conceituada companhia de dança, como é o caso da Universidade Codarts, em Roterdão (Holanda), ou da Ballet Junior de Genève (Suíça).
Não há dúvidas de que o sonho comanda mesmo a vida.