Segunda-feira, Dezembro 2, 2024
Segunda-feira, Dezembro 2, 2024

A raiz do ódio

Data:

Partilhar artigo:

Segundo diversos relatos bíblicos, o ódio é anterior ao aparecimento do homem, tendo a sua origem no ato de insubordinação e revolta do anjo Satanás (ou o Diabo) contra Deus. A resposta foi terrível, como sabemos. Mais tarde, quando aparece Adão, o primeiro homem, assistimos a ato idêntico. E, mais uma vez, a resposta foi terrível. 

Todos aqueles que já tiveram um contacto com a Bíblia já ouviram falar em Filisteus. Também já ouviram falar nos Livros dos Reis, por exemplo. A história de Israel foi, de facto, desde o início, marcada pela violência, nascida, talvez, da consciência mítica de serem o “povo eleito”, o favorito de Yaveh. Ora, os Filisteus, ocuparam o mesmo território, desde cerca de 1200 aC,  que corresponde, grosso modo, à Faixa de Gaza: sempre foram importunados por Israel e sempre importunaram Israel, em guerras intermináveis. Sabemos também que, a pós a destruição de Jerusalém, de 587aC, assistimos à primeira “Diáspora”. Este movimento repetiu-se, a seguir à destruição de Jerusalém de 70dC, por Tito. Depois, assistimos a algo verdadeiramente único: onde quer que se encontrassem, os Judeus, mesmo perseguidos, mantiveram uma consciência coletiva, como povo, absolutamente notável. Suportaram deportações, expulsões (inclusivamente de Portugal, como se sabe); suportaram o holocausto. Mesmo assim, mantiveram-se unidos. Era, pois, natural que a comunidade internacional se mobilizasse para encontrar uma solução para um problema que nunca deixou de existir. A partir daí, tudo correu mal. A postura de Israel não foi a mais colaborativa, transformando-se num estado-fortaleza, aqui e ali, com tiques vingativos – quer é a matriz de Benjamin Netanyahu e dos seus aliados de extrema-direita. Resolveu-se um problema, mas criou-se outro: porque não criaram um estado palestiniano? Longe de mim, defender o Hamas e o terrorismo indesculpável quer espalham. Longe de mim defender os seus valores e os seus patronos xiitas. São bárbaros e não devem ter direito à cidadania.

E Israel? Tem as mãos limpas? Bombardear uma comunidade de 2 milhões de pessoas, privá-las de água, eletricidade e alimentos… é defensável? Não vamos chegar a bom porto por estes mares.

Região de Cister - Assine Já!
AD Footer
Artigo anterior
Próximo artigo

Artigos Relacionados

”Calçada de Peixe” de aluno da EPN ganha 3.º prémio em “Pera à Prova”

A “Calçada de Peixe”, na categoria de Salgados, apresentada pelo aluno Rúben Faustino do curso de Cozinha/Pastelaria da...

Externato da Benedita e AE São Martinho participam em “Job Shadowing” em Itália

Um grupo de oito professores de várias escolas da região Oeste, entre os quais o professor José Vinagre...

Jovem da Calvaria de Cima faz voluntariado em escola de Guiné-Bissau

Depois de terminar o 12.º ano na Escola Secundária de Porto de Mós, decidiu tirar um ano sabático...

125 anos de Joaquim Vieira Natividade juntam Armazém das Artes e Epadrc

Assinalaram-se, na passada quinta-feira, precisamente, 125 anos do aniversário do alcobacense Joaquim Vieira Natividade. A data motivou a...

Aceda ao conteúdo premium do Região de Cister!