Quarta-feira, Novembro 5, 2025
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Feliz Ano Novo 2024, com saudades de 2023

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As festividades do Ano Novo já lá vão. Agora, só há mais do mesmo para o ano. Se houver. Se gosto ou não destas festividades? Às vezes, sim; outras, não. É um negócio? Pois claro que é, mas, se quisermos rendermo-nos ao cinismo, acabaremos por concluir que quase tudo é isso mesmo: um negócio. Satisfeitos? Nem por isso: sabemos que, se nos quisermos martirizar, não faltarão razões para o uso do azorrague. Eu, porém, dispenso-o e, na contenda entre pessimistas e otimistas, estarei sempre do lado dos últimos. Sei, no entanto, que o otimismo irrita muita gente, a começar pelo nosso Chefe de Estado. Vê-se, porém, que está bem informado. Na verdade, segundo uma pesquisa da Associação Gallup International (GIA), de um modo geral, a maioria das pessoas, em todo o mundo, espera tempos conturbados. Razões não faltam para carregar o cenho: a Guerra na Ucrânia, a candidatura de Putin, a ação punitiva e desproporcionada de Israel, um Estado arrogante e armado até aos dentes, que vai matando e limpando tudo o que lhe aparece pela frente, “incluindo mulheres e crianças”. O Hamas é, por certo, um grupo terrorista e Israel sabe-o. Ora, sabendo isso, sabe também que muitos daqueles que elimina são gente inocente que nada tem a ver com a barbárie que ali se instalou, mas que são usados como escudos humanos. A despudorada tática israelita deve ter protegido as costas de Putin que já admite sem rebuço a legitimidade de levar o horror às praças públicas e lugares civis da Ucrânia. Porém, eu quero continuar a ser otimista: talvez os juros da habitação desçam, talvez março nos dê uma solução viável de governo, talvez a Europa assuma as suas responsabilidades e, ainda que seja cru, entenda que, por vezes, a paz não se atinge com pensamentos piedosos, mas com decisões corajosas: “Si vis pacem, para bellum” –(se queres a paz, prepara (-te para) a guerra)- já diziam os circunspectos romanos.

As saudades de 2023 têm que ver com as pessoas-símbolos que deixaram de andar por aí. E, sem dizer porquê, apenas recordarei aqueles e aquelas que, de algum modo, mais me desampararam: Rui Nabeiro, José Duarte, Rita Lee, Martin Amis, Tina Turner, José Mattoso, Milan Kundera, Carla Bley, Sinéad O’Connor, Shane McGowan e Jacques Delors: foi um privilégio ter passado parte da minha vida convosco.

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