Descobrir as paisagens do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC) – e de outros locais nos arredores – ao volante de um “buggy” é a proposta do Móggy, que tem encantado visitantes e cidadãos locais. O projeto, sediado em Alvados e em funcionamento desde o final do mês de janeiro, é pioneiro na região e tem como principal objetivo desenvolver atividades ligadas ao turismo de natureza, aproveitando os recursos e os costumes que caracterizam aquela população.
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A vontade de criar “um projeto ligado às tradições e às pessoas” da própria localidade motivou Ricardo Cordeiro a desenvolver o negócio, após identificar a necessidade de um serviço que promovesse o turismo local. “Estamos no meio de um triângulo turístico com muito potencial, composto por Alcobaça, Nazaré e Fátima”, começa por explicar o empreendedor, natural de Alvados. “No concelho de Porto de Mós não existia algo devidamente organizado para os visitantes e foi essa lacuna que procurei colmatar, beneficiando dos atributos da natureza”, completa.
Os passeios de buggy para duas pessoas pelas maravilhas do PNSAC são o grande foco do projeto. Nessa aventura, os visitantes têm a oportunidade de conduzir o veículo, depois de escolherem o percurso que pretendem fazer, sendo acompanhados por Ricardo Cordeiro, que faz paragens estratégicas e explicativas pelo roteiro.
A partir de 70 euros, os pacotes disponíveis oferecem uma experiência a dois que pode ter a duração de 60, 90, 120 ou 150 minutos. À adrenalina do passeio, junta-se a possibilidade de realizarem atividades paralelas como piqueniques. Os mais curiosos podem ainda assistir e intervir no processo de produção de queijo e pão, bem como participar em provas de azeite. “Estas práticas representam a identidade da comunidade local e são orientadas pelas pessoas da aldeia que percebem da ‘arte’ desde que nasceram”, fundamenta o responsável.
Um mês depois do arranque, o “feedback” dos primeiros aventureiros tem sido “muito positivo”, surpreendendo até alguns conterrâneos, através de rotas pelas quais “nunca tinham passado anteriormente”.
O Móggy tem ainda parcerias com hotéis e restaurantes das redondezas, de modo a proporcionar “uma experiência mais completa aos turistas”, procurando, também, “contribuir para a economia local”.
Ricardo Cordeiro realça que “o respeito pela natureza está na base do projeto”, referindo que o mesmo “cumpre todas as normas de conduta do PNSAC”. De momento a Móggy tem apenas um buggy disponível, querendo adquirir outro a curto prazo. No futuro, a ideia passa por ter apenas veículos elétricos.