A Câmara de Alcobaça incluiu a abertura do Museu das Máquinas Falantes no programa de comemorações dos 50 anos do 25 de Abril. A iniciativa está agendada para as 15 horas do dia em que se assinala a revolução dos cravos.
Este projeto museológico tem como base o património de uma vida do celense José Madeira Neves (1933-2003). O colecionador ingressou ainda jovem na antiga Emissora Nacional de Radiodifusão (atual RDP/RTP), foi operador auxiliar e ascendeu, posteriormente, à categoria de técnico de áudio, até entrar no regime de aposentação, em 1993.
Ao longo de décadas, Madeira Neves, que nasceu na Cela Velha, viria a constituir em espaço privado uma das mais relevantes coleções nacionais da especialidade, que viria a ser adquirido, em 2009, pelo município, com o intuito de abrir em Alcobaça o Museu das Máquinas Falantes.
O processo de catalogação do espólio de José Madeira Neves com mais de 5 mil peças, entre rádios, telefones, gravadores, microfones, caixas de música, fonógrafos, gravadores magnéticos e grafonolas, arrastou-se vários anos. E também a localização do Museu suscitou dúvidas, tendo a opção recaído nos antigos armazéns Vazão, na Rua Araújo Guimarães, um edifício emblemático no centro da cidade, que chegou a acolher o Posto de Turismo.
A adaptação do prédio para acolher o Museu das Máquinas Falantes implicou uma requalificação orçada em quase meio milhão de euros, estando a ser ultimados os preparativos para a inauguração.