A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Juncal recusou-se a assinar o protocolo de colaboração com o Município de Porto de Mós relativo ao subsídio de 33 mil euros por considerar este valor “insuficiente” para fazer face às despesas anuais da coletividade.
“Esta quantia é insignificante e insustentável para a nossa associação que correrá o risco de deixar de prestar socorro à sua comunidade”, lamenta o presidente da Direção, em declarações ao REGIÃO DE CISTER.
“Pretendemos a revisão do valor que não é tão baixo desde 2017”, acrescenta Carlos Rosário, referindo que só de despesas fixas com gasóleo e eletricidade, a associação gasta mensalmente cerca de 15 mil euros por mês.
O presidente da Direção da Associação Humanitária dos Bombeiros do Juncal há cerca de 20 anos diz ainda não concordar com os critérios definidos pela autarquia para a atribuição da verba e defende a criação de um apoio “mínimo” para garantir a sustentabilidade da coletividade que conta atualmente com 50 voluntários e que tem a seu cargo 22 viaturas. “Quem tem o dever de garantir o socorro é o estado”, sublinha Carlos Rosário. Na última reunião pública do executivo municipal, o vice-presidente da Câmara de Porto de Mós, Eduardo Amaral, explicou que o valor das verbas atribuídas às corporações de bombeiros do concelho são calculadas com base em critérios objetivos, como as ocorrências, o número de operacionais e de viaturas, assim como a população servida nas áreas de abrangência.