O Centro de Estudos Superiores da Universidade de Coimbra em Alcobaça (Cesuca) inaugurou, no passado sábado, a exposição “50 X abril”, que vai estar patente na Galeria Caixa de Crédito Agrícola, em Alcobaça, até dia 15 de junho. Sob o mote “Ainda há história para contar?”, a mostra é apoiada pelo Centro de Documentação 25 de abril da Universidade de Coimbra e pela Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, tendo como um dos objetivos principais demonstrar a importância da revolução de abril na construção da democracia em Portugal, sobretudo, a crianças e jovens.
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Através de 50 objetos, a exposição conta pequenas histórias de momentos anteriores e posteriores ao 25 de abril. Enquanto umas são menos conhecidas pelo público, outras são mesmo totalmente desconhecidas. “Há uma narrativa que vai sendo contada, como se de um diário se tratasse, com base em objetos mais inusitados, que criam um enredo que se liga às palavras cantadas na música ‘Liberdade’ de Sérgio Godinho, ´paz, pão, habitação, saúde e educação’, que ainda são repetidas no espaço público”, desvenda a curadora da mostra. Sara Dias-Trindade acrescenta que foram selecionadas histórias pessoais de jovens da época, que enfrentaram diferentes realidades naquela época, para “criar empatia com as crianças e os jovens que visitem a exposição”.
Em “50 X abril”, estão patentes 13 conjuntos documentais. O percurso inicial aborda o período antes da revolução, tendo duas entradas distintas: uma para o sexo feminino e outra para o masculino, utilizando os objetos para dar conta, de como, logo a partir da educação, os futuros e os papéis previstos para ambos os sexos na sociedade eram muito distintos. Segue-se a fase que explica a revolução, sustentada em seis peças históricas. A partir daqui os dois percursos iniciais distintos convergem num único trajeto, chegando ao período da pós-revolução, em que está patente o princípio da democratização, da descolonização e do desenvolvimento de Portugal.
A coordenadora do Cesuca afirma que a exposição “surge como uma ferramenta de trabalho para os professores saírem do contexto de sala de aula e trazerem as turmas para transmitir os valores de cidadania e a história do 25 de abril”. Margarida Anastácio espera ainda que a mostra “ajude os jovens visitantes a perceber o quão felizes são neste momento e que devem continuar a trabalhar para melhorar esse estado de espírito”.
A exposição está aberta à comunidade local, entre terças e sextas-feiras, das 11 às 12:30 horas e das 14 às 15:30 horas.