A paixão pelos candeeiros a petróleo vem desde os tempos de infância, quando aquele artefacto iluminava o espaço da secretária enquanto estudava. Desde então, Jorge Capinha, caldense que vive há 25 anos no Casal Pardo, foi expandindo os horizontes e começou a acumular candeeiros a petróleo. Os 66 de que é detentor estão agora expostos no Baú das Memórias, em Alfeizerão, onde podem ser apreciados até ao final deste mês.
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“Não tenho uma ideia precisa sobre quantos anos terá o candeeiro mais antigo, mas tenho um, por exemplo, que se usava mais no meio rural e que, por isso, já deve ter mais de um século de existência”, explicou Jorge Capinha ao REGIÃO DE CISTER, enquanto ia mostrando as diferentes características de cada um dos adereços que ali tem em exibição e recordando como começou a colecionar candeeiros a petróleo.
“Uma ou outra pessoa que me conhece oferece-me, uma vez que sabem desta minha mania, já os outros têm sido fruto das minhas deslocações às feiras de velharias. Quando vou dar um passeio e sei que naquele local há uma feira de velharias, tenho de parar lá”, confidenciou, dando conta, ainda assim, que não é um colecionador disposto a pagar quantias avultadas por aquele tipo de artefactos. “Dei uma vez 40 e poucos euros, mas não tenho por hábito fazê-lo. A minha mulher já estabeleceu a meta de que só podia comprar um candeeiro por mês”, reconhece Jorge Capinha, que vive agora a reforma, depois de uma vida de trabalho enquanto… eletricista. “Sou um maior fã de candeeiros a petróleo do que propriamente a eletricidade”, brinca.
O colecionismo faz parte da vida do alfeizerense de coração, não fosse colecionar também isqueiros e garrafas, mas os candeeiros a petróleo são mesmo as maiores relíquias que mais preserva. “Desde que me reformei dediquei-me ainda mais a este passatempo. Se pudesse tinha mil exemplares destes objetos”, gracejava, contando que, em casa, os 66 exemplares estão religiosamente guardados num local onde podem ser vislumbrados por quem visita a sua residência.
A verdade é que, até ao final deste mês, os interessados apenas o poderão fazer no Baú das Memórias, espaço onde estão a ser exibidos e de onde possivelmente vão sair rumo a um outro espaço público. É que Jorge Capinha cumpre o primeiro mandado enquanto presidente da Direção da Associação Recreativa, Desportiva e Cultura do Casal Pardo, onde revelou ter o maior gosto de um dia expor a coleção dos “seus” candeeiros a petróleo.