No mês em que assinalamos a o Dia Internacional da Música importa refletir sobre tudo o que a música nos dá
Teresa Radamanto
O que é inteligência musical? A definição de inteligência musical estabelece que é uma das 8 inteligências identificadas na Teoria da Múltiplas Inteligências. Na década de 80 de XX, o psicólogo Howard Gardner implementou uma corrente que rejeita o conceito unitário de inteligência e identifica e define até 8 tipos de inteligências no ser humano. Estas capacidades estão presentes em todos nós em maior ou menor grau.
A inteligência musical reflete as capacidades que possuímos em relação à música ou qualquer outra forma de expressão rítmica. Relaciona-se com a captação, assimilação, discriminação e expressão de formas musicais e compreende habilidades como cantar, tocar instrumentos, analisar sons e criar música.
A inteligência musical é uma das primeiras a ser desenvolvidas após o nascimento. Desde bebés conseguimos balbuciar e imitar sons. A partir dos 2 anos emitimos sons de forma voluntária e entre os 4 e os 6 afinamos grande parte da sensibilidade a tons e sons. As inteligências múltiplas – lógico-matemática; Linguística; Corporal; Naturalista; Intrapessoal; Interpessoal, Espacial e Musical – não são capacidades fixas ou imutáveis, podem ser desenvolvidas através do estímulo e prática.
Importa, por isso, promover a inteligência musical desde cedo, porque incrementa capacidades cognitivas como memória e atenção e constitui um elemento fulcral no desenvolvimento de aspetos emocionais individuais e nos relacionamentos interpessoais dos indivíduos. Existem diversas atividades para desenvolver a inteligência musical em crianças e adultos. Há muito que pode e deve ser feito na Educação e Saúde, a este respeito.
As capacidades musicais são consideradas inteligência desde 1983, mas, ainda assim, a inteligência musical permanece genericamente subestimada na sociedade global. Nos anos escolares vai-se, dentro das possibilidades, fomentando o desenvolvimento criativo musical. Porém, na generalidade, o investimento desde a infância ainda se observa parco. A música é um fenómeno unificador presente em todas as culturas e é um forte instrumento terapêutico do qual todos devemos poder usufruir. No mês em que assinalamos a o Dia Internacional da Música importa refletir sobre isto.