A gentileza é, no meu entender, um comportamento verdadeiramente solidário. Não implica dispêndio de tempo, nem de bens.
Susana Santos
Nesta edição fala-se de solidariedade. Temos, à nossa volta, inúmeros exemplos de pessoas, instituições e empresas que a entendem como um dever, uma missão ou, simplesmente, como um compromisso com a sociedade.
Dentro desta virtude social, cabem a generosidade, a partilha, a responsabilidade, a compaixão, a empatia e a beneficência. Hoje, porque estamos na época em que todos estes bons impulsos se iluminam como árvores de Natal, venho fazer um desafio pouco habitual, que é o desafio da gentileza.
A gentileza é, no meu entender, um comportamento verdadeiramente solidário. Não implica dispêndio de tempo, nem de bens. Não carece de agradecimento, nem confere reconhecimento social. Ser gentil é apenas um comportamento e está ao alcance de toda a gente. É, extraordinariamente poderoso porque fortalece quem o pratica e contagia quem o recebe e quem o observa, numa imparável espiral de delicadeza.
Não apitar no transito e, ao invés, fazer sinal para passar. Ajudar alguém a transportar os sacos mais pesados, escrever um bilhete simpático, são exemplos de gestos de gentileza. Pessoalmente, aquele de que mais gosto é o sorriso. Gosto porque é mais do que um gesto, é uma atitude, é uma pré-disposição que molda o estado de espírito, transfigura o rosto e, na maioria das vezes, a qualidade das relações entre as pessoas.
Por isso, neste Natal, sorria e ofereça(-se) gentileza! É grátis e é muito valiosa.