José Ferreira tomou posse como provedor da Santa Casa da Misericórdia de Porto de Mós, no passado dia 15, numa cerimónia em que estiveram representadas quase todas as instituições particulares de solidariedade social do concelho. O dirigente, que sucede a Paulo Carreira, aproveitou o momento para apresentar as “quatro linhas” que não quer “perder de vista” no mandato que agora se inicia.
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“Uma primeira alteração passa por alargar o nosso serviço de apoio domiciliário, que funciona de segunda à sexta. Gostaria que passasse também a funcionar aos sábados, ficando as famílias apenas com a responsabilidade do domingo”, começou por elencar o novo provedor da Misericórdia de Porto de Mós.
José Ferreira quer também criar um banco de prestação de serviços que possa dar resposta às necessidades apresentadas pelas famílias. “Este banco seria constituído por várias pessoas com funções diferentes que possam dirigir-se às casas das pessoas”, acrescentou. “Fico um pouco estupefacto de ver que esta instituição tem muito pouco de voluntariado. As pessoas não podem ficar indiferentes. Chegar aqui, pagar o que devem pagar ou reclamar da Segurança Social e pura e simplesmente o problema fica resolvido. Isto é uma tarefa que nos compete a todos. E nós que hoje falamos tanto no chamado envelhecimento ativo, há muita gente que tem muito tempo e que pode dar uma ajuda a esta casa. Também fiquei um pouco surpreendido com o número de irmãos desta casa, temos de desenvolver uma política para angariar novos irmãos”, vincou José Ferreira no discurso de tomada de posse.
Sem esquecer o trabalho de Paulo Carreira, o novo provedor da instituição salientou a importância de “continuar o bom trabalho que vinha a ser feito”, reforçando também a necessidade de “estar em consonância com a política social do concelho, numa articulação permanente entre aqueles que são os objetivos da política social que o município desenvolve, e ver até que ponto a instituição pode melhorar as suas respostas e enfrentar novos desafios que a dinâmica social do concelho pode vir a exigir”. Além disso, também a colaboração com a Segurança Social foi apontada por José Ferreira como um laço fundamental para o crescimento das respostas da Santa Casa da Misericórdia.
O presidente da Câmara de Porto de Mós aproveitou o momento para agradecer e enaltecer o trabalho dos órgãos sociais cessantes, “que releva a importância da instituição não só em termos de obras, mas também em respostas sociais”. Jorge Vala disse também que a Misericórdia de Porto de Mós “continuará a ser um parceiro importantíssimo na resposta social que o município tem presente na carta social aos munícipes do concelho”.
O líder do executivo municipal recordou o apoio do município em várias dimensões, garantindo que o novo provedor “tem caminho aberto para poder dar continuidade”, até porque “os desafios fundamentais desta casa no que diz respeito à ERPI estão resolvidos através de obras significativas”, apontou o social-democrata.