Segunda-feira, Junho 30, 2025
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Peregrinar em segurança

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Ao observar a quantidade de peregrinos que percorrem, especialmente a EN8, acredito que a construção de um caminho protegido seria uma boa ideia.

Gaspar Vaz

Estas considerações não têm nada a ver com a morte do Papa Francisco. Na verdade, referem-se a uma experiência que todos os anos, ao longo de todo o ano, vivenciamos — com especial intensidade entre os meses de abril e outubro. Durante esses meses, as estradas enchem-se de peregrinos que se dirigem a Fátima. E, ao contrário das igrejas, que vão esvaziando, os caminhos de peregrinação parecem atrair cada vez mais pessoas.

O ato de peregrinar é comum a muitas religiões, parecendo até que antecede algumas delas. Diz-se, por exemplo, que os Caminhos de Santiago se apropriaram, em parte ou na totalidade, de caminhos ainda mais antigos que conduziam os povos até à Finisterra, o “fim do mundo”, onde o sol se põe nas águas para renascer, a oriente, na manhã seguinte. Seja como for, muitos peregrinos passam por Alcobaça.

Embora não tenha grande conhecimento sobre os caminhos de Fátima que passam por Alcobaça, sei que são muitos os peregrinos que os percorrem. Sei também que, em tempos recentes, grupos organizados e numerosos de peregrinos pernoitavam nas escolas do Agrupamento de Cister, o que provavelmente ainda acontece, com benefícios mútuos.

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Ao observar a quantidade de peregrinos que percorrem, especialmente a EN8, acredito que a construção de um caminho protegido seria uma boa ideia. Isso não só traria mais segurança, como também teria um impacto positivo em termos económicos e turísticos. O turismo religioso é uma realidade e movimenta consideráveis quantias de dinheiro. Sempre foi assim, e seria hipócrita ignorar a normalidade dessas coisas. Embora existam muitos outros fatores que influenciam o desenvolvimento das localidades, há cidades que se tornaram importantes precisamente por essa razão. É claro que isso não traria um progresso espetacular para Alcobaça, mas tudo o que possa empoderar a cidade faz dela um lugar melhor.

Que tal, Sr. Presidente, começar a pensar nisso?

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