Os Serviços Municipalizados da Nazaré (SMN) vão baixar os tarifários da água e saneamento, com efeitos a partir de 1 de setembro e até 31 de dezembro.
Os Serviços Municipalizados da Nazaré (SMN) vão baixar os tarifários da água e saneamento, com efeitos a partir de 1 de setembro e até 31 de dezembro.
A deliberação foi tomada na sequência da alteração dos preços praticados pela Águas de Lisboa e Vale do Tejo, o sistema multimunicipal que agregou os anteriores sistemas, entre os quais o sistema multimunicipal do Oeste.
A decisão foi anunciada, esta semana, pela maioria socialista na Câmara, com o presidente Walter Chicharro a justificar a opção de “adequar a redução de preço praticado pela Águas de Lisboa e Vale do Tejo ao município nos tarifários para os munícipes”.
O vereador Belmiro Fonte (PSD) salientou que, com aquela medida, a autarquia está “a abdicar de proveitos, quando daqui a uns anos terão de ser investidos milhões de euros” na rede. O social-democrata alertou o executivo para não se repitirem “erros que se cometeram no passado, que é fazer política com a água”.
Em resposta, o chefe do executivo deixou um “obrigado” ao antigo vereador de Jorge Barroso “por reconhecer que foram cometidos erros” no passado e que os investimentos na rede “serão feitos à medida das capacidades dos SMN”, com recurso a fundos comunitários.
António Trindade (Grupo de Cidadãos Independentes) também reconheceu que “houve erros no funcionamento geral dos anteriores executivos”, mas considerou que a “gestão” dos SMN foi positiva, sobretudo após os aumentos dos tarifários que se aplicaram em 2010. “Os senhores tiveram o privilégio de herdar uma situação financeira positiva dos Serviços Municipalizados”, frisou o vereador, que obteve pronta resposta de Walter Chicharro.
“Serve-me de pouco a compensação de os SMN estarem equilibrados, quando depois a Câmara está perfeitamente desequilibrada”, frisou o socialista, refutando ainda a ideia de que a dívida do município “está enterrada” devido aos investimentos na rede, por considerar que a mesma “carece” de uma profunda remodelação, dando como exemplo o Reservatório do Sítio, que “fruto de desinvestimentos” está a necessitar de uma intervenção profunda, defendendo ainda que os aumentos “exponenciais” dos tarifários podiam ter sido feitos “de forma gradual”.