A paixão pela música “sempre esteve lá”, mas foi aos 16 anos, quando o pai lhe ofereceu a primeira guitarra, que surgiram as primeiras composições. Miguel Gameiro é um dos mais conhecidos músicos portugueses e prepara-se para subir ao palco do Centro Cultural Gonçalves Sapinho, na Benedita, a 2 de novembro para um concerto de “entrega total”.
A paixão pela música “sempre esteve lá”, mas foi aos 16 anos, quando o pai lhe ofereceu a primeira guitarra, que surgiram as primeiras composições. Miguel Gameiro é um dos mais conhecidos músicos portugueses e prepara-se para subir ao palco do Centro Cultural Gonçalves Sapinho, na Benedita, a 2 de novembro para um concerto de “entrega total”.
Foi em 1994 que Miguel Gameiro iniciou, de forma profissional, o seu percurso na música com a criação do projeto Pólo Norte, alcançando o primeiro galardão de disco de ouro. Após vários anos de estrada, decidiu aventurar-se numa carreira a solo, o que surgiu como “uma mudança natural”. “Foram 15 anos. Precisava de tocar com outros músicos e experimentar coisas novas, novos estúdios e abordagens diferentes… Faz parte”, revela Miguel Gameiro ao REGIÃO DE CISTER.
Em 2010 surge o seu disco de estreia a solo, “A Porta ao Lado”, distinguido com o título de disco de ouro e registando mais de 13 mil unidades vendidas. Quase uma década depois de iniciar a carreira a solo, o artista revela que ainda é reconhecido como “o vocalista dos Pólo Norte”, mas sublinha estar “bem resolvido com a questão”. “Existe uma espécie de negação do músico/vocalista que segue um caminho a solo. Eu não. Fundei os Pólo Norte e escrevi grande parte das canções. Está tudo bem”, reitera.
“Maria”, lançado em 2018, é o seu mais recente trabalho discográfico no qual se celebra a mulher através de oito duetos, com oito das “mais carismáticas cantoras portuguesas”. “Dei-me conta que já escrevi para muitas mulheres. Grande parte dos meus temas fala de relações. Foi desta forma que surgiu a ideia para este novo projeto”, revela.
O primeiro single, intitulado “Aquela Canção”, conta com a participação de Cuca Roseta e foi lançado, simbolicamente, no Dia Internacional da Mulher em 2017. Mariza, Susana Félix, Mafalda Veiga e até a apresentadora Fátima Lopes são algumas das personalidades que participam no projeto e que permitiram a Miguel Gameiro criar “um disco rico e diversificado”.
“Maria” inclui alguns temas compostos há muito tempo e segundo o músico “é sempre bom recuperar temas antigos pois, normalmente, de um álbum ficam apenas uma ou duas músicas” e esta é uma oportunidade para dar a conhecer alguns dos temas acarinhados pelos artistas e que não alcançaram tanta popularidade. Entre os temas que compõe este novo trabalho, “Tu Mulher” tem uma estima especial do cantautor pois “sintetiza a essência da Mulher”.
Para o concerto da Benedita, promete “uma comunhão e entrega total com quem partilha estes momentos”. “Cada música será retratada de forma singular, abordando momentos, histórias de estrada, grandes canções e recordando o modo como alguns dos maiores temas foram escritos”, nota.
Continuar a pisar palcos e escrever “para quem goste de ouvir” é um dos projetos de vida do músico, sublinhando que para vingar no mundo da música nos dias que correm é preciso sorte. “É importante ter boas canções e as palavras certas a cada nota, mas vivemos tempos em que isso já não é o mais importante”, considera. Cá esperamos Miguel Gameiro e a… “Maria”.