Segunda-feira, Janeiro 6, 2025
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Marcampo caminha para meio século de memórias em Alfeizerão

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O café restaurante Marcampo segue para meio século de memórias na freguesia de Alfeizerão. Já se sopraram as velas por 42 ocasiões e o objetivo é continuar o legado familiar que se iniciou na década de 70 do século passado por uma família que residia no Gaio, no Vimeiro.

“Eu e o meu irmão Luís Sousa criámos o conjunto musical “Gémeos Sousa+1” e numa atua­ção nas festas populares locais fomos jantar ao Marcampo, nome que já vinha da anterior gerência. O meu pai mostrou-se interessado no espaço e acabou por adquirir o negócio”, conta Acácio Sousa ao REGIÃO DE CISTER, notando que o primeiro gerente do espaço foi o irmão Arménio Sousa.
Os anos foram passando e o mais velho dos irmãos acabaria por ingressar nos estudos na Marinha Grande, o que motivou Acácio e Luís Sousa a assumirem as “responsabilidades” do Marcampo juntamente com a mãe, Silvina Correia.

Porém, a morte do irmão Luís levou a que Acácio se tornasse no único gerente do café que recebe clientes de todas as idades.
O gerente iniciou, então, um conjunto de renovações no espaço, transferindo “as raspadinhas e os jogos da sorte” para a casa ao lado, a que deu o nome de “Gato da sorte”, e na qual trabalha um dos filhos. “Era muito confuso ter o café restaurante e o espaço de jogos no mesmo estabelecimento. Por isso decidimos dividir o negócio em duas salas e um café”, esclarece o empresário.

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Quando o Marcampo abriu portas, a falta de um cozinheiro obrigou Acácio Sousa a meter “mãos à obra” e a frequentar um curso de cozinha. “Todos os domingos temos pessoas de todas as zonas do concelho que vêm até aqui só para comer o tradicional cozido à portuguesa”, afirma o já “alfeizerense”.

Na estrada que liga Alfeizerão a São Martinho do Porto passam diariamente dezenas de pessoas que não abdicam da “bica” às 7 horas da manhã ou que não falham uma “reunião de fim de dia” no Marcampo. “Há clientes que conheço desde sempre e que não falham um único dia”, destaca o empresário, de 60 anos, que conta com formações no ramo da hotelaria no currículo.

E porque o dia é longo, Acácio Sousa é um homem “para todos os ofícios”. É que, ao fim de semana ou em dias festivos, o gestor tira o avental para “dar música à clientela”. “Tenho o meu órgão sempre pronto para tocar  e cantar algumas músicas populares”, graceja, destacando o tema “Lisboa, Menina e Moça”, de Carlos do Carmo, como um dos seus preferidos.

As portas são para manter abertas e, para tal, o empresário já tem delineado o futuro do café restaurante. “O meu filho Luís, de apenas 14 anos, já ajuda a servir cafés e refeições e o objetivo é que seja ele a assumir o futuro do Marcampo”, declara. “Ele gosta e já tem jeito para a restauração”, afirma, com orgulho.

Contudo, enquanto “houver boa saúde”, é Acácio Sousa que segue “ao leme da embarcação”, servindo todos os dias, com um sorriso, os clientes que fazem deste café uma verdadeira “casa com história”.

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