O areal da baía de São Martinho do Porto foi desinfetado com hipoclorito no início de maio, numa ação da Junta de São Martinho que está a gerar polémica.
O areal da baía de São Martinho do Porto foi desinfetado com hipoclorito no início de maio, numa ação da Junta de São Martinho que está a gerar polémica.
A informação foi confirmada à Gazeta das Caldas pelo presidente da Junta, Joaquim Clérigo, que explicou que “o depósito tem 400 litros” e foram usados “três litros de hipoclorito”, ou seja, menos de 1%.
Ao Jornal de Notícias, a Agência Portuguesa do Ambiente avançou que no dia 2 de maio recebeu uma denúncia sobre a pulverização com “produtos alixivados” no areal da praia, o que levou ao contacto com a autarquia para apuramento de responsabilidades. “O presidente da Câmara Municipal de Alcobaça informou não terem os serviços daquela entidade emanado qualquer orientação neste sentido e solicitou, seguidamente, ao presidente da Junta de Freguesia, imediata cessação da operação de limpeza do areal”, explicou a entidade.
Em declarações ao Público, a associação ambiental ZERO mostrou-se contra a ação de desinfeção. “São produtos que têm um impacto ambiental significativo. Não há razão para as juntas de freguesia gastarem dinheiro [neste tipo de intervenções]”, disse Susana Fonseca, membro da direção da entidade.
Recentemente, em Espanha, o areal da praia de Zahara de los Atunes, em Cádiz, foi desinfetado com lixívia e os ecologistas acusaram os responsáveis de atentado ambiental. A presidente da associação de voluntários ambientais de Trafalgar disse que nem os insetos daquele ecossistema resistiram à desinfeção.
O REGIÃO DE CISTER tentou contactar o presidente da Junta de São Martinho do Porto, mas tal não foi ainda possível até à data.