Quinta-feira, Maio 2, 2024
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Amor de mãe replicado num café com mais de meio século

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Estamos no Casal da Ponte. O Café da Anita é um referência na localidade da freguesia de Alfeizerão. Afinal, são mais de 50 anos de “portas abertas”.

A história deste negócio familiar que passou de geração em geração começou em 1953. A 28 de janeiro desse ano, Carminda Carreira abriu um espaço que servia de taberna e mercearia. Era um dos pontos de encontro daquela comunidade, não só para as pessoas “beberem o seu copinho”, como também para “aviarem as compras para casa”.

Quase duas décadas depois, a 17 de novembro de 1971, a ideia passou por transformar o local que, dessa forma, passou a ser um café.

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Quem conta a história, hoje, é Ana Amaro, que herdou o negócio depois do falecimento da mãe, em 2001. Mas antes disso, ainda menina, já ajudava a progenitora.

“Queria estudar, mas como a minha mãe tinha fazendas, tinha de ficar a ajudar a minha avó no café. Depois disso, com o passar do tempo, acabei por tomar o gosto ao negócio e aqui fui fazendo a minha vida”, conta Ana Amaro.

O café continua a ser o seu sustento. Mas, acima disso, está também o reconhecimento que sente prestar pelo facto de dar seguimento ao negócio familiar. “Sem dúvida nenhuma. Tenho consciência de que, hoje em dia, é cada vez mais raro vermos negócios passarem de geração em geração, e o facto de ter dado sequência à ideia colocada em prática pela minha mãe enche-me de orgulho, não escondo”, confessou a empresária.

E ter um café aberto há tantos anos, ainda para mais numa localidade relativamente pequena, é sinónimo de… conhecer toda a gente. O que faz com que a relação com os clientes seja quase sempre “substituída” pelas relações de amizade. “É verdade. Nasci aqui, mesmo no Casal da Ponte, e isso faz com que conheça praticamente toda a gente. Assim como as pessoas a mim, naturalmente. Dessa forma, temos no café um ambiente quase familiar, onde há sempre motivo de conversa, independentemente do tema. É muito reconfortante”, assume Ana Amaro, que conta 60 anos de idade.

E o futuro do estabelecimento comercial, como será? Os filhos quererão manter a tradição familiar? A resposta surge pela voz de uma mãe… esperançosa. “Talvez o Rúben. Tem 32 anos, é engenheiro informático e está, atualmente, a trabalhar na Polónia. Talvez um dia, quando decidir regressar a Portugal, possa vir tomar conta do café. Ele gosta… Já a minha filha, Carla, de 29 anos, está indecisa. Também gosta, mas ainda não sabe se poderá ser o negócio indicado para o seu futuro”, sublinha… Anita. Que é, de resto, o nome (e o rosto) do café, onde o “amor de mãe” tem perdurado.

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