Quinta-feira, Agosto 28, 2025
Quinta-feira, Agosto 28, 2025

Amor de mãe replicado num café com mais de meio século

Data:

Partilhar artigo:

Estamos no Casal da Ponte. O Café da Anita é um referência na localidade da freguesia de Alfeizerão. Afinal, são mais de 50 anos de “portas abertas”.

A história deste negócio familiar que passou de geração em geração começou em 1953. A 28 de janeiro desse ano, Carminda Carreira abriu um espaço que servia de taberna e mercearia. Era um dos pontos de encontro daquela comunidade, não só para as pessoas “beberem o seu copinho”, como também para “aviarem as compras para casa”.

Quase duas décadas depois, a 17 de novembro de 1971, a ideia passou por transformar o local que, dessa forma, passou a ser um café.

Região de Cister - Assine já!

Quem conta a história, hoje, é Ana Amaro, que herdou o negócio depois do falecimento da mãe, em 2001. Mas antes disso, ainda menina, já ajudava a progenitora.

“Queria estudar, mas como a minha mãe tinha fazendas, tinha de ficar a ajudar a minha avó no café. Depois disso, com o passar do tempo, acabei por tomar o gosto ao negócio e aqui fui fazendo a minha vida”, conta Ana Amaro.

O café continua a ser o seu sustento. Mas, acima disso, está também o reconhecimento que sente prestar pelo facto de dar seguimento ao negócio familiar. “Sem dúvida nenhuma. Tenho consciência de que, hoje em dia, é cada vez mais raro vermos negócios passarem de geração em geração, e o facto de ter dado sequência à ideia colocada em prática pela minha mãe enche-me de orgulho, não escondo”, confessou a empresária.

E ter um café aberto há tantos anos, ainda para mais numa localidade relativamente pequena, é sinónimo de… conhecer toda a gente. O que faz com que a relação com os clientes seja quase sempre “substituída” pelas relações de amizade. “É verdade. Nasci aqui, mesmo no Casal da Ponte, e isso faz com que conheça praticamente toda a gente. Assim como as pessoas a mim, naturalmente. Dessa forma, temos no café um ambiente quase familiar, onde há sempre motivo de conversa, independentemente do tema. É muito reconfortante”, assume Ana Amaro, que conta 60 anos de idade.

E o futuro do estabelecimento comercial, como será? Os filhos quererão manter a tradição familiar? A resposta surge pela voz de uma mãe… esperançosa. “Talvez o Rúben. Tem 32 anos, é engenheiro informático e está, atualmente, a trabalhar na Polónia. Talvez um dia, quando decidir regressar a Portugal, possa vir tomar conta do café. Ele gosta… Já a minha filha, Carla, de 29 anos, está indecisa. Também gosta, mas ainda não sabe se poderá ser o negócio indicado para o seu futuro”, sublinha… Anita. Que é, de resto, o nome (e o rosto) do café, onde o “amor de mãe” tem perdurado.

AD Footer

Artigos Relacionados

Festas de São Pedro atraíram cerca de 400 mil visitantes

As tradicionais Festas de São Pedro na vila de Porto de Mós, que este ano decorreram entre os...

Beneclima aposta em ares condicionados e eletricidade

A Beneclima está sediada, tal como o nome antecipa, na Benedita e acumula cerca de 20 anos de...

Elogio do elogio

Então não será mais agradável dizer de alguém que “está bonito”, “escreveu bem” ou “teve coragem” do que...

“Felp” junta Diana Nicolau e bonecos da S.A. Marionetas em horário nobre

“Felp”, a série que junta a atriz alcobacense Diana Nicolau e a S.A. Marionetas, já chegou à televisão...

Aceda ao conteúdo premium do Região de Cister!