O que restava da fábrica Raul da Bernarda foi transformado, no final do mês de novembro, no centro comercial Glamour. O estabelecimento gerido por uma sociedade familiar chinesa reabilita, assim, um espaço que estava devoluto desde 2008, quando a mais antiga fábrica de louça decorativa e utilitária de Alcobaça fechou portas.
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O investimento total para a revitalização do local rondou os 1,3 milhões de euros, entre a compra do espaço e o restauro das infraestruturas.
A escolha de Alcobaça para edificar o centro comercial não foi por acaso. “Fizemos um estudo de mercado e apercebemo-nos que nas redondezas não havia nada equiparado com a nossa oferta e com a nossa dimensão”, justifica o empresário responsável pelo Glamour. Jin Chen explica ainda que pretende implementar um conceito diferente da normalidade dos empreendimentos chineses que se fixam em Portugal. “Apostámos numa decoração moderna e num atendimento que prima pela simpatia e pela boa relação com o cliente”, elucida o empreendedor de 29 anos, salientando também todo o trabalho de divulgação que foi feito.
“Criámos páginas nas redes sociais e organizámos uma grande festa de abertura para apresentar o espaço aos clientes”, esclarece Jin Chen. Desde o início das obras de reabilitação do espaço até à inauguração do centro comercial passaram cerca de dois anos. Nos últimos meses os trabalhos aceleraram. Em muitos dias foi necessário trabalhar “dia e noite”. Tudo porque o grande objetivo era, segundo Jin Chen, “ter o estabelecimento aberto e funcional ainda antes da época natalícia”.
No interior dos cerca de 6 mil metros quadrados de área coberta, a superfície apresenta uma extensa oferta ao consumidor, comercializando “produtos de várias e distintas áreas, para um público abrangente, com uma boa relação qualidade/preço”. À entrada do Glamour, no local onde decorreu a festa de inauguração, está uma zona preparada para, futuramente, “arrendar a quem esteja interessado em instalar estabelecimentos como pequenas lojas ou cafetarias”.
Jin Chen mostra a confiança no projeto para dinamizar a economia local, assumindo que a principal missão é servir a população. “Queremos responder às necessidades das pessoas aqui das redondezas e, ao mesmo tempo, ter um espaço agradável para que possam vir passear ao fim de semana”, vinca o responsável.
A sociedade familiar chinesa tem ainda outros estabelecimentos abertos em Torres Novas, Sines e Beja. Nesta fase inicial, colaboram na superfície comercial instalada em Alcobaça cerca de 20 pessoas. Assim, 15 anos depois do fecho da Raul da Bernarda, o espaço ganha agora nova utilidade.